Ainda não há luz verde do regulador da banca, mas, segundo apurou o Jornal Económico, a Generali Tranquilidade (novo nome para o grupo que une a Generali a Tranquilidade e a Liberty) está a contar que nos próximos meses o negócio de aquisição de uma participação qualificada no Banco CTT possa ser fechado. Tudo porque, segundo as nossas fontes, o Banco de Portugal e a Generali estão a aperfeiçoar o enquadramento técnico-jurídico da operação de entrada no capital do Banco CTT, que permite ao regulador da banca aprovar a operação que foi anunciada em novembro de 2022.
O Grupo Generali Tranquilidade chegou nessa altura a acordo com os CTT – Correios de Portugal para a distribuição de seguros de vida e de ramos reais através da rede do Grupo CTT e para a entrada no Banco CTT, através de um aumento de capital de 25 milhões de euros, tornando-se um acionista da instituição, com uma posição de aproximadamente 8,71%.
Mas desde essa altura que o dossier está para avaliação no Banco de Portugal que emite um parecer ao Banco Central Europeu que é quem tem a competência de decidir sobre aquisições de participações qualificas nos bancos da zona euro.
Esta aliança pressupõe a distribuição de seguros de vida e de ramos reais da Tranquilidade/Grupo Generali pelos CTT e pelo Banco CTT, através de contratos de distribuição de longo prazo, com períodos de exclusividade renováveis de cinco anos.
A manter-se o figurino do negócio anunciado em 2022, a parceria tem três partes. A primeira é um aumento de capital do Banco CTT subscrito pela Generali Tranquilidade no valor de 25 milhões de euros em troca de uma participação de 8,71% no banco a ceder pelos CTT que detém 100% do capital do Banco.
A segunda passa por um contrato de distribuição de seguros com os CTT em que estes recebem um milhão de euros da Generali durante os primeiros 6 anos de contrato e potenciais pagamentos adicionais em função do desempenho. Os produtos a oferecer serão seguros Vida Risco, Automóvel, Saúde, Acidentes Pessoais, Multiriscos e outros do ramo Não Vida. Não estão previstos seguros de Vida financeiros.
A terceira parte é um contrato de distribuição com o Banco CTT que vai usar os balcões canais digitais para comercializar seguros de Vida Risco, produtos de poupança e coberturas para desemprego, automóvel, saúde, acidentes pessoais, multirriscos e outros ramos Não Vida. Por este acesso estava previsto a Generali pagar 9 milhões de euros ao Banco CTT, também por seis anos e com potenciais pagamentos adicionais em função do desempenho comercial.