A perspetiva é a reabertura da empresa e recontratação de grande parte dos 243 trabalhadores no desemprego após o Tribunal ter mandado proceder à liquidação da massa insolvente “com a maior brevidade possível” e relançar o processo de venda.
As novas propostas para compra da marca e ativos industriais com vista à criação de uma nova unidade industrial no local deverão ser entregues em carta fechada até 21 de dezembro e acompanhadas de uma caução correspondente a 20% do preço de aquisição proposto. O valor mínimo de venda foi fixado em 384 mil euros, acima das últimas ofertas das empresas Valérius e Outfit21.
Só as três propostas de valor mais elevado serão apresentadas aos credores, revelou ao Jornal Económico o administrador de insolvência da Dielmar, João Francisco Gonçalves, confirmando que o valor base mínimo de venda é de 384 mil euros e que o regulamento e condições de venda constam no anúncio que será publicado nesta sexta-feira, 10 de dezembro, na imprensa.
Na mira dos interessados está o acervo patrimonial composto por bens móveis e direitos como equipamentos, marca, viaturas, stocks de produto acabado e de matérias-primas.
João Gonçalves confirma que as propostas “serão abertas” a 21 de dezembro e que “as três propostas de valor mais elevado serão apresentadas aos credores reunidos numa assembleia de credores”, que ainda será convocada, mas que deverá realizar-se na primeira semana de janeiro.
A opção da modalidade de venda recaiu na negociação particular para evitar “propostas sujeitas a condição”, que não serão agora aceites, como aconteceu na última tentativa de venda em que a empresa de Leiria Outfit 21 acabou por retirar a sua proposta após ter visto recusado o apoio bancário dado que a sua proposta estava condicionada à obtenção de um empréstimo para financiar fundo de maneio e obras na fábrica de Alcains. Também a proposta milionária de dez milhões de euros por parte do empresário de Viseu, José Cláudio Nunes, acabou por não avançar, por não ter cumprido a promessas de criação de uma nova empresa para comprar a Dielmar e o depósito de dois milhões numa conta bancária indicada pelo administrador judicial.