O tão antecipado ‘dia da libertação’ das restrições devido à pandemia da Covid-19 vai chegar a 1 de outubro. O país vai entrar na última fase de desconfinamento na próxima semana, 19 meses depois do primeiro estado de emergência em março de 2020.
“Estamos em condições de poder avançar para a terceira fase” de desconfinamento, disse o primeiro-ministro, António Costa, na quinta-feira, na habitual conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
No dia 1 de outubro, que é a próxima sexta-feira, vai ter lugar a reabertura de discotecas, uma medida muito ansiada pelo sector da animação noturna. Ao mesmo tempo, também termina a exigência de limite máximo do número de pessoas em grupo no interior dos restaurantes, cafés, pastelarias e em esplanadas.
O fim de lotação máxima também deixa de vigorar nos espetáculos culturais, casamentos, batizados e estabelecimentos comerciais. E a restauração e outros estabelecimentos também deixam de estar sujeitos a limites de horários.
Por um lado, o certificado digital passa a ser condição para viagens aéreas ou marítimas ou para fazer visitas a lares e estabelecimentos hospitalares, com as visitas a hospitais a serem retomadas. E também é exigido em grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos - com regras ainda a definir pela Direção-Geral da Saúde (DGS) -, bares e discotecas. Por outro lado, deixa de ser exigido em restaurantes, hotéis, casinos, termas e aulas de grupos em ginásios.
Em relação ao uso de máscara, vai ser obrigatória nos transportes públicos, lares, hospitais, salas de espetáculos e de eventos, e grandes superfícies comerciais, mas deixará de ser obrigatória no comércio local.
“O critério que procurámos estabelecer foi através de locais de grande frequência, como os transportes públicos, ou as grandes superfícies; locais de risco”, nomeadamente, lares e hospitais, e por fim “locais onde se podem vir a verificar grandes aglomerados de pessoas, como são as salas de espetáculos ou algum tipo de evento”, explicou António Costa.
Durante a conferência de imprensa desta quinta-feira, o primeiro-ministro apontou que “Portugal está em primeiro lugar na percentagem de população com a vacinação completa”, destacando que o país deverá atingir a meta de 85% da população totalmente vacinada na próxima semana.
“Chegámos, por isso, a uma fase onde, desaparecendo a generalidade das limitações impostas pela lei, entramos essencialmente numa fase de responsabilidade individual de cada uma e de cada um de nós. Não podemos esquecer que a pandemia não acabou e que, podendo considerá-la controlada a partir do momento em que tenhamos 85% da população vacinada, o risco permanece”, alertou o líder do Executivo, no briefing da reunião do Conselho de Ministros.