A Universidade da Madeira deve abrir até final do ano o Outermost Regions Collaborative Ecosystem for Entrepreneurship and Innovation (OCEAN), unidade de investigação e desenvolvimento tecnológico que terá na sua esfera de ação áreas como Empreendedorismo Ecológico, Contabilidade Verde e Finanças Sustentáveis, Inovação para a Sustentabilidade e para o Digital; Sustentabilidade Social e Inclusão.
A inauguração formal está prevista para o primeiro trimestre de 2022.
Para a criação do OCEAN estará disponível uma verba de 100 mil euros, sendo que a dotação inicial vem do Innovation Capacity Building for Higher Education in Europe’s Outermost Regions (INCORE), financiado pela European Institute of Innovation & Technology.
Este centro de investigação irá funcionar inicialmente nas instalações da Universidade da Madeira (UMa).
Está prevista a entrada de um(a) investigador(a), que esteja a fazer doutoramento e futuramente, em função dos projetos que venham a ocorrer serão divulgadas novas bolsas de investigação e desenvolvimento.
A vice-reitora da UMa, Elsa Fernandes, explica ao Económico Madeira que tanto o OCEAN como o Gabinete de Transferência de Conhecimento estão a ser criados no âmbito do projeto INCORE e contando com financiamento do mesmo.
Elsa Fernandes realça que isto dá indícios de “sinergias e de trabalho conjunto” entre o OCEAN e o Gabinete de Transferência do Conhecimento.
“Não obstante este aspeto, o Gabinete de Transferência de Conhecimento está integrado na Unidade de Projetos e Cooperação da UMad e servirá a comunidade de investigação. O Gabinete de Transferência de Conhecimento trabalhará também em colaboração com a Startup Madeira, da qual a Universidade da Madeira é sócia”, acrescenta ao Económico Madeira a vice-reitora da UMa.
O Gabinete de Transferência do Conhecimento tem entre os seus objetivos “o patenteamento, o registo de ideias, registo de marcas, a criação de spin-offs e a mediação entre as empresas e a Universidade”, tal como fora referido pela vice-reitora na edição de novembro do Económico Madeira.
“A necessidade de implementação de políticas de gestão integrada dos diferentes ativos de propriedade intelectual é hoje unanimemente reconhecida como vital e prioritária em instituições que se dedicam ao desenvolvimento de projetos e atividades de investigação”, refere a vice-reitora.
“O registo da propriedade industrial permite proteger legalmente contra a utilização não autorizada das marcas, patentes e designs e assegura que não existem criações iguais ou semelhantes que invalidem as mesmas”, acrescenta Elsa Fernandes.
A instituição de ensino superior tem registadas quatro marcas nacionais e três registos de denominação de variedade vegetal.
“Relativamente ao registo de patentes, no âmbito do projeto em consórcio com a Insular - Produtos Alimentares, S.A. - Batatinpan, existem duas patentes nacionais registadas”, acrescenta a vice-reitora da UMa.