AAce Hospitality Management (AMH) espera terminar o ano de 2024 com um volume de receitas de 35 milhões de euros, um valor que significa uma subida de dez milhões face ao ano anterior. Para que esta meta seja alcançada, a empresa responsável pela gestão de unidades hoteleiras [e integrada na canadiana Mercan Properties] conta com nove hotéis no seu portfólio, sete no Porto, um em Évora e o mais recente, em Albufeira, adquirido pela Mercan a 16 de abril por 13 milhões de euros.
“Portugal está num período muito positivo dentro do mercado turístico e aprendeu com os erros de outros países. Temos muitas marcas internacionais e o mercado hoteleiro está a começar a ser muito sofisticado dentro do país”, afirma ao Jornal Económico (JE) Mariano Faz, CEO da AHM.
Atualmente com 600 quartos sob gestão e 450 trabalhadores, o objetivo para 2024 passa por chegar aos 900 quartos e juntar ainda mais três unidades hoteleiras. No entanto, no prazo de três anos, a empresa espera atingir os 30 hotéis, superando assim os três mil quartos e um total de 4.500 trabalhadores.
“Vamos ter uma distribuição de 33%, por todo o país, desde o Norte, Lisboa, Alentejo e Algarve”, afirma Mariano Faz, acrescentando que esta entrada será alargada também à Região Autónoma da Madeira, nomeadamente no Funchal, faltando apenas presença na Região Autónoma dos Açores.
“Não dizemos que não aos Açores, mas ainda não vimos uma oportunidade para poder entrar”, ressalva.
Sobre as nacionalidades dos clientes, o CEO salienta que os mercados naturais de Portugal são o espanhol, inglês e francês, mas que, pelo facto de a AHM gerir hotéis de marcas americanas, algumas unidades começam a registar uma forte presença de cidadãos desta região.
“Em alguns hotéis, temos 50% de clientes americanos por duas razões: uma porque temos as marcas que são mais atrativas para eles e por tudo o que país acrescenta ao cliente americano. Os portugueses falam muito bem inglês, são muito acolhedores e hospitaleiros”, salienta.
De resto, o responsável considera que “cada vez mais Portugal está dentro do mapa das grandes operadoras turísticas” e nem a mudança de Governo deverá ter algum impacto negativo ou material dentro do sector.
“Tem de existir um incentivo constante para que esta indústria se consolide ainda mais, pois é muito importante para o país”, avisa, no entanto, Mariano Faz.
O responsável acredita que Portugal vai continuar a ver um aumento do número de turistas, bem como o interesse de outros clientes internacionais.
“Vamos descobrir novos destinos dentro de Portugal, mais no interior, no Norte e Centro do país e ver também o desenvolvimento de algumas cidades que têm um potencial histórico. Não vão ser só os típicos destinos consolidados como Algarve, Lisboa e Porto”, conclui.