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A oeste, subitamente qualquer coisa de novo

Eleições: Em poucas semanas, a candidatura de Joe Biden renasceu de umas cinzas que já pareciam definitivamente frias. Já há sondagens que colocam o atual presidente à frente de Trump. E nas outras, a diferença já só é, no máximo, de três pontos.

Subitamente, nos Estados Unidos da América (EUA), qualquer coisa parece estar a mudar: segundo as sondagens, o presidente, Joe Biden, democrata, que se recandidata ao lugar que ocupa, conseguiu equilibrar as intenções de voto com o republicano Donald Trump. Mais: há mesmo um par (ou mais) de sondagens que o colocam na frente do seu opositor. A novidade surge num quadro em que Trump continua acossado com os casos que tem em tribunal e Biden parece ter mudado alguma coisa no seu discurso sobre temas internacionais – daqueles, e não são muitos, que têm tração junto da opinião pública interna.

Assim, no histórico mais recente das sondagens, aquelas que são da Ipsos, para a Reuters, e da TIPP Insights, para a Issues and Insights, entre outras, colocam Biden na primeira posição das intenções de voto. Na primeira, Biden arrecada 41% dessas intenções e Trump não vai além dos 37%. Na segunda, o atual presidente surge com 43% e o anterior detentor do cargo chega apenas aos 40%. Em ambos os casos, a margem é de três pontos percentuais e, face ao histórico, podem considerar-se “interessantes”.

Mesmo assim, a maioria das sondagens continua a colocar Donald Trump no primeiro lugar. Mas vale a pena salientar que a sua margem, que já chegou a ser da ordem dos 20 pontos percentuais, não vai agora além dos três pontos. Ou seja, Trump está em movimento descendente, sucedendo exatamente o contrário com Joe Biden.

Para os analistas, o principal problema de Trump é a sucessão de casos em tribunal, que continuam a atormentar o candidato republicano. Há umas semanas, Trump acrescentou uma saborosa vitória ao seu currículo, depois de ver o principal tribunal do país impedir que qualquer outro impedisse o candidato de surgir nos boletins de voto.

O problema foi que, desde então, o circo mediático continuou a rodar em torno dos casos em tribunal: o arresto de bens para cumprir dívidas ao fisco – suspenso por uma difícil alternativa de pagamento de uma espécie de caução – depois o regresso de uma estrela do mundo da pornografia que terá sido calada com um maço de notas e que disso deu conta aos seus concidadãos (Trump queria adiar o julgamento, mas não lhe foi dada razão suficiente para isso). E ainda falta o caso dos documentos oficias do governo que foram resgatados de uma das suas residências. O ex-presidente enfrenta agora 88 acusações relacionadas com os julgamentos na Geórgia, Nova Iorque, Washington e Flórida.

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