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Obviamente que gosto da ideia de ter dinheiro. Obviamente que todos deveriam ter acesso a dinheiro para melhorar a sua qualidade de vida. Obviamente que não tenho nada contra os “ricos”.
Normalmente, quando se fala em “Sustentabilidade”, “Clima” e “ESG” não se pensa na importância que um Ministério das Finanças pode ter para que os objetivos climáticos e de sustentabilidade sejam alcançados. Hoje em dia, atrevo-me a escrever que os Ministérios das Finanças são os que mais poder têm na promoção da mudança necessária para se atingir a descarbonização em 2050 e para enveredarmos por uma economia mais verde e inclusiva.
Escrevo este artigo de um dos mais belos locais do mundo (para mim), num contexto de privilégio imenso por poder passar estes dias a reforçar a alma e o espírito em sessões inspiradoras que associam arte, beleza e valores com sustentabilidade, ação e compromissos.
Na Europa desenvolveu-se a chamada taxonomia verde, que identifica os critérios científicos que devem verificar-se para que uma certa atividade seja considerada como alinhada com a descarbonização em 2050, i.e., para que seja considerada verde. Os bancos têm já, em 2024, de reportar a percentagem de empréstimos “verdes” que concederam às grandes empresas, tendo as empresas cotadas em bolsa de reportar, em 2024, o seu alinhamento com a taxonomia, ou seja, de que forma estão alinhadas com a necessidade de serem neutras em carbono em 2050.
Em Portugal, a campanha eleitoral para o Parlamento Europeu parece ser o foco de todos os políticos. Infelizmente, os temas debatidos estão longe de ser os temas estruturantes da economia portuguesa. Aliás, esses parecem ter sido cada vez mais esquecidos... e daqui a uns dez ou 15 anos quem cá estiver “que pague a fatura”.
A ajuda às ex-colónias portuguesas pode ser feita de muitas maneiras, uma delas é ter uma política de desenvolvimento ativa em temas emergentes e relevantes para esses países. Coisa que Portugal não tem, ao contrário da França e Inglaterra que, através das suas agências de desenvolvimento, conseguem ter uma presença e utilidade significativas nas suas ex-colónias.
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