Abalança comercial entre os Estados Unidos e o União Europeia (UE) tem estado desiquilibrada no que toca ao setor de bens, tendo a UE exportado 502,3 mil milhões de euros em 2023. Isto deve-se principalmente à regulação que a UE tem no que toca à importação de produtos da indústria alimentar. Quando se tratam de alimentos transgênicos, ou seja produtos geneticamente modificados, a Europa mostra-se mais conservadora do que os Estados Unidos, e como tal, aplica uma regulamentação mais rigorosa, que cria barreiras à entrada destes produtos em solo europeu. Este tipo de produtos é bastante comum nos Estados Unidos, principalmente devido ao avanço tecnológico do país. A regulamentação europeia, não cria apenas barreiras à importação de produtos geneticamente modificados, mas também impõe a sua política mais conservadora às empresas, obrigando, muitas vezes, a que estas “procurem outras origens e optem por produzir sem esse tipo de matérias-primas”, isto não é um problema, uma vez que o “consumidor europeu não está predisposto a utilizar estes produtos”, refere Pedro Queiroz, diretor-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA). No entanto, esta regulamentação existe numa altura em que há provas científicas de que esta modificação alimentar é segura. Perante os factos, Pedro Queiroz admite que a Europa deveria “ter uma legislação mais aberta”. Nos últimos tempos o presidente norte-americano, Donald Trump, tem vindo a intensificar as suas ameaças à Europa sobre a criação de taxas para as importações vindas do bloco e do Reino Unido, tendo dado como exemplo este setor, referindo que existe um défice de 300 mil milhões de dólares.
Uso de transgênicos afasta importações dos Estados Unidos
Balança comercial : Até novembro Portugal exportou 166.93 milhões de euros em produtos da indústria alimentar. Já do outro lado do Atlântico há barreiras que impedem crescimento destas exportações
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