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Tração total faz a diferença

Aquem nos referimos quando estamos sentado sobre centenas de cavalos-potência, com uma capacidade ímpar de se “agarrar” ao alcatrão, e com um rugido demolidor? Claro que é ao novo BMW Competition xDrive.

Aquem nos referimos quando estamos sentado sobre centenas de cavalos-potência, com uma capacidade ímpar de se “agarrar” ao alcatrão, e com um rugido demolidor? Claro que é ao novo BMW Competition xDrive. O único suspiro foi não conseguirmos usufruir da capota, pois o clima não deixou mas desde já fica a nota que o material do tejadilho é incrivelmente bom, a qualquer velocidade. Divertimento ao máximo para quem tem 162 mil euros para acelerar ao fim de semana e saber que um depósito cheio não permite chegar ao Algarve e vai ficar longe do Porto. Sem cuidados a poupar – e quem usufrui desta máquina cometeria um pecado se conduzisse com restrições – este “animal da estrada” consome 18 a 20 litros de gasolina a cada 100 km. O motor biturbo permite uma aceleração estonteante, algo que não será estranho pois dispõe de 510 cv de potência pura. Com tempo aprazível não precisamos de acelerar mas temos de apreciar o som ruidoso fabricado com a capota aberta. Esta precisa de escassos 18 segundos para atuar, podendo fazer-se o movimento em andamento ligeiro. Claro que se a loucura sobressair optamos por desligar os modos de condução de tração total e passamos a tração puramente traseira. E, então, teremos seis cilindros e sem o controlo de estabilidade.

É uma opção aconselhada apenas aos experimentados nestas andanças. Sair fora de estrada é um perigo constante. Do meu lado prefiro socorrer-me do diferencial ativo M, que me dá segurança no controlo de estabilidade e que reage incrivelmente rápido. Apenas por curiosidade este motor tem mais 60 cv do que o modelo anterior e a potência é acompanhada por um binário de 650 Nm, o que significa uma aceleração só comparável aos motores elétricos que disponibilizam o binário total no arranque. Dos 0 aos 100 km/h são apenas precisos 3,7 segundos. O que nos vale são os bancos “baquet” e um cinto de segurança bem apertado. Mais. O construtor alemã reagiu à critica constante de estas máquinas estarem limitadas eletronicamente aos 250 km/h e, por isso, oferece os 280 km/h de velocidade máxima com o pack opcional M Driver. É caso para dizer que a partir de agora as pistas dos autódromos vão ficar lotadas.
Em termos de estética não há grandes diferenças do modelo anterior, destacando-se as entradas de ar enormes no para-choques dianteiro, com o capô a ser provido de duas saídas de ar e a grelha vertical enorme. A agressividade pode ser acentuada se a opção do proprietário for a substituição de algumas peças por fibra de carbono.

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