50 anos depois, a série “Columbo” regressou ao nosso imaginário. Gentileza da RTP Memória, onde a podemos rever desde o primeiro episódio, de 1971. O ar simples do ator que interpretava o tenente da polícia de Los Angeles, Peter Falk, era o antítese de um agente que investigava homicídios. Não era alto nem arrogante, não tinha uma pistola, não era violento e ficava incomodado quando via sangue. O argumento era claro: um mistério à volta de um homicídio, com a diferença que não havia dúvida, porque desde o início que sabíamos quem era o assassino. Este normalmente fazia parte da alta sociedade de Los Angeles e Columbo, com o seu ar desengonçado, a fumar charuto e com uma gabardina que já tinha visto melhores dias, estava desenquadrado cultural e socialmente desse universo (não sabia nada de música clássica, de xadrez ou de vinho, por exemplo). Enfrentava os criminosos com humildade.