A Aliança Democrática e o Partido Socialista (PS) apresentaram esta quinta-feira os seus programas eleitorais para as europeias que se realizam no dia 9 de junho. A escolha do dia 9 de maio, o Dia da Europa, teve um simbolismo especial. Os cabeças de lista da AD, Sebastião Bugalho, e do PS, Marta Temido, destacaram as suas principais propostas na antecâmara destas importantes eleições.
PS aposta na habitação
O manifesto eleitoral do PS para as europeias é composto por nove missões. Nas propostas inscritas no programa destaque para a aposta na habitação, com os socialistas a proporem a defesa de um “Plano Europeu para a Habitação Acessível à escala europeia que (...) concretize o direito à habitação em condições dignas e a preços comportáveis”. Outra prioridade passa pelo emprego, e nesse sentido o PS “defende a criação de um fundo europeu de apoio à reconversão e requalificação profissional” que permita enfrentar as grandes mudanças estruturais na economia. Também sobressai neste manifesto uma proposta que foi defendida pelo ex-primeiro-ministro António Costa ao longo dos anos, “de um mecanismo permanente de resposta a crises, de natureza contra cíclica, que aumente a resiliência económica da UE e o arsenal de instrumentos de que dispõe”.
O programa eleitoral socialista salienta ainda a intenção de construir uma estratégia europeia de combate à corrupção, assim como o apoio ao processo de alargamento da União Europeia. O documento assinala que se deve “continuar a assegurar todo o apoio à Ucrânia (...) pelo tempo que for necessário”, apelando também a uma “solução sustentável” para o conflito israelo-palestiniano.
No discurso de apresentação deste manifesto, que teve lugar no Pavilhão de Portugal, em Lisboa, Marta Temido descreveu o manifesto como “progressista, que ambiciona uma Europa mais justa e solidária” e assinalou que a Europa “não é um projeto distante”.