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Parecer a novo governador entregue até 1 de outubro

Chega vai redigir parecer da audição de Santos Pereira para governador Sucessor de Centeno diz que será “ferozmente” independente, deixa avisos ao governo e críticas a Mário Centeno.

Está nas mãos do partido Chega a elaboração do “parecer fundamentado” que tem de sair da audição de Álvaro Santos Pereira que foi indigitado pelo Governo para ser o próximo governador do Banco de Portugal (BdP). Documento da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) não é vinculativo, mas é obrigatório e tem peso político, formalizando a análise da Assembleia da República sobre o currículo e competências do sucessor de Mário Centeno. Eduardo Teixeira, deputado do Chega e relator do parecer avançou ao JE que o documento vai ser apresentado numa das próximas reuniões da COFAP, a 24 de setembro ou 1 de outubro, para discussão e aprovação e envio ao Governo para depois ser publicado juntamente com a resolução do Conselho de Ministros que procede à designação”.
Antes da nomeação responsável nomeação do ex-ministro da Economia para novo governador, Álvaro Santos Pereira foi assim ouvido pelos deputados nesta quarta-feira, 17 de setembro, numa audição onde defende que “é preciso manter a disciplina orçamental” e “independência”, deixando ainda avisos ao Executivo e algumas farpas a Mário Centeno.
Perante os deputados, o antigo ministro do PSD e ex-economista-chefe na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defendeu que vai levar até ao limite a independência do BdP e que quer “uma relação cordial com o governo independentemente da cor política”. Fez questão de salientar que nunca foi militante de qualquer partido político e também que não aceitaria cargos políticos, apesar de ter sido convidado para alguns nos últimos anos, tendo rejeitado.
“Serei ferozmente independente”, independentemente do governo com quem tiver de se relacionar, frisou Santos Pereira, deixando ainda farpas ao atual governador do BdP sobre algumas decisões por si tomadas. Apontou aqui baterias sobre a nomeação do chefe de gabinete quer sobre a construção da nova sede do banco central e ao facto de Mário Centeno vai ficar como consultor do BdP depois de sair do cargo de governador.

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