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OE2024: Jovens com IRS zero no primeiro ano de trabalho. Teto máximo de isenção passa para 19.217 euros

As regras do IRS Jovem voltam a mudar em 2024. É a quarta versão em apenas cinco anos com as alterações introduzidas na proposta do OE2024 hoje entregue no Parlamento. Após isenção fiscal no primeiro ano, máximo de rendimento sem pagar IRS varia entre 19.217,2 euros no segundo ano e 4.804,3 euros no quinto ano. Este reforço do IRS Jovem tem um custo de 200 milhões de euros.

O Governo vai isentar os jovens de IRS no primeiro ano de trabalho, prevendo-se o novo regime para os jovens que entrarem no mercado de trabalho em 2024 ou nos anos seguintes, depois de concluírem o ensino secundário, a licenciatura, o mestrado ou o doutoramento, não irão pagar IRS no primeiro ano de atividade, trabalhem por conta de outrem ou por conta própria, segundo a proposta do OE2024 entregue nesta terça-feira, 10 de outubro, no Parlamento. Este reforço do IRS Jovem tem um custo de 200 milhões de euros.

No segundo ano de preenchimento da declaração deste imposto, os jovens apenas pagarão 25% do que teriam de pagar; no terceiro e quatro 50% e no quinto 75%. Atualmente, no primeiro ano, os jovens entre os 18 e os 26 anos, pagavam 50% do seu IRS; no segundo 40%; no terceiro 30% e no quarto 20%.

De acordo com o documento entregue na Assembleia da República, a isenção do IRS para jovens entre os 18 e 26 anos, que não sejam considerados dependentes, é de 100% no primeiro ano, 75% no segundo ano, 50% no terceiro e quarto anos e 25% no último ano, com os limites de 40 vezes o valor do IAS, 30 vezes o valor do IAS, 20 vezes o valor do IAS e 10 vezes o valor do IAS, respetivamente”.

No máximo, os jovens vão ter, assim, até 19.217,2 euros de rendimento isento no segundo ano. Já no terceiro, esse teto passa para 14.412,9 euros e 9.608,6 euros no quarto ano. No quinto ano está situado nos 4.804,3 euros.

Neste momento, o IRS Jovem, que isenta uma parcela de rendimentos ao longo de cinco anos para quem está a iniciar a vida ativa, destina-se a trabalhadores entre 18 e 26 anos que tenham concluído um ciclo de estudos igual ou superior ao ensino secundário ou até aos 30 anos para jovens com ciclo de estudos igual ao doutoramento.

Em setembro o primeiro-ministro tinha já anunciado que a partir do próximo Orçamento do Estado, o Governo vai rever novamente as percentagens de descontos dos jovens. “No primeiro ano de trabalho, no primeiro ano em que as pessoas declaram o seu rendimento, o IRS será zero e haverá total isenção de IRS para que todos possam começar o início da sua vida”, avançou António Costa

Em 2022, o IRS Jovem deu um benefício de 425 euros, em média, a cada jovem elegível. Despesa fiscal para o Estado foi de 31 milhões de euros no ano passado. Em 2023 a medida tinha já sido reforçada.

A isenção aplicada no primeiro ano de atividade subiu de 30% para 50%. Já no segundo ano do programa, o benefício passou a ser de 40%. No terceiro e quarto anos, a isenção é de 30% e no quinto de 20%.

Este ano, o Governo também decidiu reforçar os limites máximos desse benefício, que passam a ser de 12,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) no primeiro ano, dez vezes o valor do IAS no segundo ano, 7,5 vezes o valor do IAS no terceiro e quarto anos e cinco vezes o valor do IAS no quinto ano. Ou seja, no máximo, os jovens passaram a ter até 5.540 euros de rendimento isento no primeiro ano. Já no segundo, esse teto passou para 4.432 euros. No terceiro e quarto anos, está situado nos 3.324 euros. E no quinto ano, ficou em 2.216 euros.

A proposta do OE2024 será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.