A agricultura continua a o maior empregador, em termos globais, ocupando quase 900 milhões de pessoas, ou seja, mais de um quarto da população empregada no mundo. Só que, segundo o professor e investigador da Universidade da Califórnia Philip Martin, o sector sofre do que denomina como “paradoxo da prosperidade”, o que quer dizer que a percentagem de emprego na agricultura desce à medida que o rendimento per capita de um país aumenta. Além disso, cada vez mais trabalhadores são empregados em cada vez menos grandes unidades, a que acresce um outro problema, que é o facto de, nos países mais ricos, a mão-de-obra ser constituída por trabalhadores locais mais vulneráveis, que não conseguem encontrar empregos não agrícolas, e por trabalhadores imigrantes. “É um emprego, não é uma carreira”, diz.