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Luso-venezuelanos de regresso à Madeira. Governo regional estará preparado, crê Venecom

"Penso que não vamos ter uma vaga como tivemos em tempo anteriores, porque a situação atual das pessoas não é a mesma. As pessoas quando vieram já sofriam, há algum tempo, as consequências da governação na Venezuela. Neste momento, não imagino que regressem tantas pessoas. No entanto, acredito que vão regressar algumas", afirmou Ana Monteiro, assegurando que atualmente o governo madeirense está mais bem preparado para dar resposta a uma situação do género.

Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela com 51% dos votos, o que gerou conflito no país dado que a oposição reclamou a vitória. O clima da insegurança e perseguição a quem se opõe a Maduro está instalado, abrindo assim portas a um eventual regresso de alguns venezuelanos à Madeira, tal como já aconteceu no passado. Ainda assim, Ana Monteiro, presidente da Associação da Comunidade de Imigrantes Venezuelanos na Madeira (Venecom) prevê que não retornem tantos desta vez. Em declarações ao Jornal Económico, acrescenta, no entanto, que os madeirenses terão de acolher novos emigrantes.

"Penso que não vamos ter uma vaga como tivemos em tempo anteriores, porque a situação atual das pessoas não é a mesma. As pessoas quando vieram já sofriam, há algum tempo, as consequências da governação na Venezuela. Neste momento, não imagino que regressem tantas pessoas. No entanto, acredito que vão regressar algumas", afirmou Ana Monteiro, assegurando que atualmente o governo madeirense está mais bem preparado para dar resposta a uma situação do género.

Quanto à integração, e ainda de acordo com a líder da Venecom, o executivo de Miguel Albuquerque deve continuar a apostar na assistência à saúde. "Agora as pessoas estão a passar uma situação difícil no que diz respeito ao medo e à perseguição e o Estado pode fazer o que já foi feito, nomeadamente, na área da saúde ao nível da assistência, principalmente para crianças, que por culpa de uma má alimentação não estão bem de saúde", sublinhou Ana Monteiro.

Além disso, "a integração também passa pela aprendizagem da língua portuguesa", para que seja mais fácil, a essas pessoas, a entrada no mercado de trabalho. "Portanto, deve apostar-se no ensino da língua portuguesa, não só para estudantes como para os adultos", frisou.

De recordar que, na madrugada desta sexta-feira, aterraram no Aeroporto da Madeira 180 portugueses e luso-venezuelanos que literalmente fugiram de Caracas. Alegam que a situação no país se tornou insustentável.