Vítor Constâncio ignorou o alerta para falhas no controlo de risco de crédito na Caixa Geral de Depósitos (CGD) que lhe foi transmitido por carta, em 2002, dirigida ao então governador do Banco de Portugal (BdP) por Almerindo Marques, ex-administrador do banco público que se demitiu da Caixa em desacordo com o presidente da CGD na época. Constâncio alegou que o supervisor “não tinha recursos para mandar fazer uma auditoria” e que “não era conveniente” determiná-la com base numa denúncia de um membro da administração. Os alertas chegaram a Belém, tendo o ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, confirmado ao Jornal Económico uma reunião com Almerindo Marques centrada no tema da CGD e as reservas que lhe foram transmitidas quanto a operações de crédito. Mas que também caíram em saco roto.