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Estado projeta poupar mais de 80 milhões de euros na legislatura com mudança para Campus XXI

São 19 a 20 milhões de euros anuais de poupança só com custos diretos, aos quais se juntam mais quatro milhões anuais com a redução dos cargos diretivos, além dos 27 edifícios que ficarão libertos para outras finalidades, apontou o ministro da Presidência no primeiro dia no Campus XXI.

O Estado deverá poupar cerca de 80 milhões de euros em custos diretos com a passagem de vários ministérios para o Campus XXI, na ainda sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), montante ao qual se juntam as reduções de encargos com gestão. Contas feitas, são mais de 80 milhões de euros até ao final da legislatura, sendo que o processo de mudança só estará concluído em 2026.

Esta segunda-feira marcou o arranque do Campus XXI como a nova sede do Governo, embora o processo de transferência ainda vá durar cerca de dois anos. O objetivo é, em 2026, ter a estrutura do Governo no edifício que agora serve de base à CGD (que, entretanto, passará para um novo edifício no Parque das Nações, na zona oriental de Lisboa), à exceção dos Ministérios da Defesa, Negócios Estrangeiros e Administração Interna.

“Ganhamos uma melhor capacidade de resposta, trabalhamos mais juntos, mais próximos, mais coordenados em equipa”, sublinhou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, defendendo que tal constituirá “o novo paradigma de atuação do Estado e do Governo”. Por outro lado, esta é uma “oportunidade de economizar dinheiro aos contribuintes”, permitindo uma poupança anual “de 19 a 20 milhões de euros só em custos”.

A estes somam-se mais quatro milhões de euros com a redução do número de cargos diretivos necessários, dada a fusão de várias agências e secretarias-gerais. Será assim uma poupança de mais de 80 milhões de euros (que pode mesmo chegar aos 92 milhões) no total dos próximos quatro anos de legislatura, além dos ganhos conferidos pela libertação de outros edifícios.

“Até ao final do verão apresentaremos um plano para aproveitamento desses edifícios”, referiu, falando em 27 edifícios com diferentes características e as diferentes finalidades para que poderão ser alocados.

Enquanto “imóveis tipicamente de escritórios, em zonas de escritórios”, deverão ser utilizados para rentabilizar e reinvestir as receitas em habitação, enquanto outros, como aquele onde atualmente se situa o Ministério da Agricultura, se mostra adequado para “reafetação para fins culturais”.

Esta primeira fase envolve a transferência de seis ministérios e duas secretarias de Estado, que partilharão a sede do banco público até que as obras no novo edifício da CGD, no Parque das Nações, estejam concluídas, em 2026. Inicialmente, serão os Ministérios da Presidência, da Economia, da Coesão Territorial, das Infraestruturas e Habitação, da Agricultura e da Juventude, além das secretarias de Estado afetas ao Ministério da Presidência.