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É oficial: Web Summit tem mais de 70 mil pessoas apesar das polémicas

Respira-se melhor nos corredores da cimeira tecnológica, que parecem mais desafogados do que no ano passado, mas o número de participantes está pouco abaixo de 2022. Há recordes nas startups, como se previa, e na quantidade de mulheres nos palcos.

Quem está na Web Summit 2023 poderá sentir que no recinto da Altice Arena e nos pavilhões da FIL estão menos pessoas e que nem há tantos encontrões nas passagens como em anos anteriores. Porém, os números oficiais da cimeira tecnológica, divulgados esta terça-feira, mostram que o número de participantes se encontra só ligeiramente abaixo da edição do ano passado.

A conferência que decorre em Lisboa até quinta-feira conta com 70.236 participantes de 153 países e há recordes nas startups, como se previa, mas também na quantidade de mulheres nos palcos. No total há 2.608 jovens empresas inovadoras, o maior número de sempre, 38% de oradoras do sexo feminino, o que também representa um máximo histórico.

A sensação que se “respira melhor” nos corredores da Web Summit, comum a diversos participantes com os quais o Jornal Económico contactou, poder-se-á dever ao facto de o Pavilhão 5 ter agora stands de exposição como os restantes, o que até agora não acontecia.

Os parceiros que estão na zona de exposições são 321 e existem 32 países que trouxeram delegações à capital portuguesa só para a Web Summit, nomeadamente de continentes como a Europa, Ásia, América do Sul e do Norte e África, além de 17 agências de investimento locais e regionais. Há ainda a contabilizar 906 investidores de 52 países e 1.180 reuniões formalmente agendadas entre investidores e startups, além das que ocorrem à margem ou que são marcadas pela aplicação ou telefonemas/mensagens privadas.

“Ao longo da última década, à medida que a Web Summit foi crescendo, reunimos dezenas de milhares de pessoas que utilizaram esta semana em Lisboa como um trampolim para fazer coisas notáveis: lançar empresas, encontrar investidores, revelar projetos, promover uma visão do mundo que valha a pena debater”, começou por dizer a sucessora de Paddy Cosgrave.

“Como nova líder desta organização de staff credivelmente empenhado, e como defensor de longa data da tecnologia como força motriz para o bem da humanidade e da sociedade, a Web Summit continuará a ser o local mais importante para reunir e conectar pessoas e promover avanços críticos. conversas sobre tecnologia, sociedade e inovação”, disse a CEO da Web Sumit, que ontem discursou, pela primeira vez, perante uma audiência de 11 mil pessoas que esteve na Altice Arena, na cerimónia de abertura do evento.

​Ainda que diz respeito à inclusão de comunidades subrrepresentadas, a Web Summit está a colaborar com 37 parceiros este ano, inclusive a Amos Bursary, Djassi Africa e Lean In Portugal.