Um milhão de visitas e 400 novos vendedores inscritos durante o mês de maio no Dott – o novo shopping online criado pela parceria a 50/50 entre a Sonae e os CTT –, são os dois indicadores que mais tranquilizam o presidente executivo deste marketplace de ecommerce, Gaspar D’Orey. Em seis meses, a equipa de gestão de Gaspar D’Orey construiu uma marca com quase 500 parceiros de venda e cerca de 500 mil referências de venda e, em maio, no primeiro mês completo de funcionamento, captou mais 400 novos vendedores, que estão onboarding para passarem ao crivo das condições de acesso e das regras de compliance financeiro e só depois disso é que serão vendedores efetivos. “Até ao fim do ano temos condições de mercado para chegarmos a uma lista de um milhão de produtos para vender”, considera o CEO. Isto significa que a oferta online da Dott equivalerá a mais de dois hipermercados de produtos.
O marketplace Dott da Sonae e dos CTT nasceu no Porto e realizará um investimento entre 10 e 15 milhões de euros no horizonte dos próximos cinco anos. “Trata-se de um conceito em que o potencial cliente ‘passeia’ pela oferta online do catálogo da Dott, como fazem as pessoas que se deslocam a um centro comercial tradicional, e escolhem os produtos que pretendem comprar, passando rapidamente para a compra através do meio de pagamento que preferirem”, explica o CEO da Dott, adiantando que “depois vão receber o cabaz das compras efetuadas, no dia seguinte ao pagamento”.
“Uma diferenciação significativa da Dott é assegurar as compras feitas pelos clientes insulares, o que é possível graças ao apoio da rede do nosso parceiro CTT, que entrega as encomendas em qualquer ilha portuguesa, da Madeira ou dos Açores”, refere Gaspar D’Orey. “Quanto ao tipo de entregas, a Dott trata as encomendas normais como entregas gratuitas se o valor de compra for superior a 19,99 euros – o mesmo acontece para as devoluções –, fazendo apenas um processamento casuístico para encomendas de grandes dimensões, como grandes eletrodomésticos, por exemplo, frigoríficos ou máquinas de lavar roupa ou loiça, por questões obvias relacionadas com a logística do respetivo transporte”.
Ou seja, uma coisa será um cliente na ilha do Corvo que compra produtos de moda ou pequenos gadgets de eletrónica; outra coisa será o mesmo cliente comprar todos os grandes eletrodomésticos para reequipar a sua cozinha. Tratam-se de dois tipos de entregas diferentes, que terão logísticas de transporte igualmente diferentes. “Aqui, a questão de base é que trabalhamos para os clientes das ilhas, o que não acontece na generalidade das empresas que efetuam vendas online”, refere Gaspar D’Orey.