A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta quarta-feira a derrapar 1,41%, até aos 6.324,60 pontos, num dia que foi negativo para a generalidade das praças europeias. Os dados macroeconómicos divulgados ao longo do dia terão tido peso nas perdas do dia, tendo gerado inseguranças entre os investidores.
Entre as cotadas do PSI, o sector energético foi o que mais sofreu, na medida em que sobressai entre as quedas mais acentuadas. A Galp deu o maior tombo, de 3,99%, até aos 14,32 euros por ação, ao passo que a EDP resvalou 2,83% para 4,259 euros e a EDP Renováveis recuou 1,59% e encerrou 15,80 euros. Seguiu-se a Jerónimo Martins, a derrapar 1,40%, para 21,14 euros.
A subida mais intensa foi a da Mota-Engil, na ordem de 1,57%, com os títulos a terminarem as negociações nos 4,52 euros.
Entre as praças europeias de maior peso, a maior queda foi do mais importante índice de Londres, na ordem de 1,50%. Logo atrás, Espanha recuou 1,26%, ao passo que França perdeu 1,07% e o índice agregado Euro Stoxx 50 resvalou 1,00%. Na Alemanha houve um tombo de 0,90% e em Itália a queda foi de 0,81%.
O dia ficou marcado pela divulgação de uma série de dados macroeconómicos, dos casos se destacam, no caso das economias europeias, a aceleração da inflação em dezembro. No último mês do ano, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 2,9%, em termos homólogos, para as economias do euro (2,4% em novembro), de acordo com os dados avançados pelo Eurostat.
Do outro lado do Atlântico, nos EUA, foram conhecidos os dados referentes à produção industrial em dezembro, de que se depreende uma subida de 0,1% em cadeia (0,2% em outubro). Um ganho ligeiro que, ainda assim, contraria as expetativas, que apontavam para uma queda na ordem de 0,1%. Face a dezembro de 2022, registou-se um ganho de 1% naquele mês. Também nos EUA, as vendas a retalho cresceram acima do esperado.
Horas antes, foi sabido que o PIB da China subiu 5,2% em 2023, valor que representa o pior desempenho da economia daquele país nas últimas décadas, se excluídos os anos de pandemia.