A Core Capital mudou, no passado dia 1 de outubro, a equipa de gestão da empresa Sousacamp Cogumelos - Varandas de Sousa, detida pelo fundo Core Restart.
O novo CEO da empresa é Nuno Pereira que foi o CEO da Vitacress e da Hubel (Solana Fruits SGPS).
A CoRe Capital confirma esta contratação, sublinhando “o enorme entusiasmo com a entrada do Nuno Pereira nesta sua participada do Fundo Core Restart". Em declarações ao Jornal Económico, a sociedade liderada por Nuno Fernandes Thomaz, Martim Avillez Figueiredo e Pedro Araújo e Sá diz que "a empresa encontra-se numa importante etapa de crescimento e de consolidação da sua posição como maior produtor de cogumelos frescos nacional, momento que combina na perfeição com as fortes competências do Nuno no setor da agro indústria alimentar e na gestão de pessoas".
"A nossa participada é uma empresa agrícola com mais de 300 trabalhadores que merecem um gestor que reconheça o seu relevante papel no projeto e que saiba desenvolver as suas capacidades, colocando toda a energia ao serviço deste desígnio de fazer chegar esse super alimento que são os cogumelos frescos aos portugueses”, acrescenta a sociedade gestora de capital de risco ao Económico.
Já Nuno Pereira revela ao JE também a sua “satisfação com a aceitação deste desafio e o seu entusiasmo em cimentar a posição da empresa no mercado, valorizando as equipas que todos os dias produzem os cogumelos que os portugueses encontram nas prateleiras dos supermercados, colaborando com as grandes superfícies na valorização deste produto alimentar único e dando o seu contributo para, com os acionistas CoRe Capital, Sogepoc e Sugal, tornar a nova Varandas de Sousa numa empresa mais sólida a cada dia”.
A Varandas de Sousa foi resgatada da falência no verão de 2020, já em plena pandemia, com a compra pela Core Capital ao Novobanco, que tinha o malparado do anterior dono, numa altura em que a empresa se debatia com a ameaça de falência. Hoje a maior produtora portuguesa de cogumelos está em processo acelerado de recuperação.
A Core Capital tem neste fundo Core Restart participações em três empresas, mas uma delas está em processo de venda.
A sociedade gestora vai vender os 50% na Jayme da Costa. O jornal Eco noticiou que o grupo Visabeira, que já tem 50%, vai ficar com a totalidade da empresa com experiência no desenvolvimento de equipamentos elétricos e sistemas eletromecânicos, depois de comprar os restantes 50% à Core Capital. O valor da venda ronda os cinco a sete vezes o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) que a Jayme da Costa vier a registar este ano, segundo revelou o Jornal de Negócios.
Recorde-se que a capital de risco entrou na empresa de energia, em 2019, no âmbito de um Processo Especial de Revitalização (PER).
Esta é a segunda venda que o fundo Core Restart faz este ano. Em agosto, o fundo vendeu a Electrofer à Metalogalva, uma empresa do VigentGroup com presença em 15 países e um volume de negócios consolidado de 400 milhões em 2022.
O Core Restart (criado em 2018 para investir em empresas em recuperação) fica ainda com participações maioritárias em duas empresas. Uma na Portugal Senior Health Care, no setor da saúde, com 12 unidades a operar e em desenvolvimento, dedicadas a cuidados continuados e a alojamento residencial para idosos, outra na Varandas de Sousa, o maior produtor nacional de cogumelos frescos.
Para além deste fundo de private equity, a sociedade liderada por Nuno Fernandes Thomaz, Martim Avillez Figueiredo e Pedro Araújo e Sá tem ainda o fundo Core Consolidar, criado no âmbito do Programa Consolidar do Banco de Fomento.
Neste fundo têm em vista três investimentos, estando neste momento a decorrer as due-diligences.