A agenda antimultilateralista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não é uma novidade deste seu segundo mandato. É o regresso a uma narrativa que teve como primeira vítima, entre 2016 e 2020, o acordo NAFTA, que liga México, Estados Unidos e Canadá, e que por pouco não fazia implodir a NATO. O que mudou entre o primeiro e o segundo mandato de Trump para que, subitamente, o multilateralismo tenha sucumbido – ou tenha entrado em regime de hibernação até dias mais favoráveis? O que mudou foi o resto do mundo, já que Trump se mantém fiel e confortavelmente igual a si próprio.
Comércio global: um requiem pela morte do multilateralismo
À primeira ameaça, em 2016, a União Europeia tratou de esperar pela morte política de Donald Trump. Funcionou: Joe Biden derrotou-o. Mas Trump ressuscitou ao quarto ano. À segunda ameaça, em 2025, a União está à espera da sua própria morte política. Em princípio, vai funcionar.
