“Esse jogo foi terrível. Na equipa do Porto jogavam alguns colegas europeus nossos do liceu”, recorda, à frente da sede do Sporting Clube de S. Tomé, Albertino Bragança.
Político, escritor e estudioso do forro – o crioulo nacional – o “doutor”, nome de casa recebido pela mãe, é conhecido como o grande goleador daquele que é um dos símbolos do nacionalismo são-tomense.
Mais de 60 anos intervalam o jogo ali recordado – o SCST venceu o rival por 2-4 – e esta conversa com o Jornal Económico (JE), que acontece a seguir às celebrações dos 50 anos da independência do país. “Podiam perder todos os outros jogos. Mas não esse de domingo. Era o orgulho nacional que estava em causa”, diz Olegário Tiny, ex-ministro da Justiça, que jogou futebol de salão no clube.
O plantel leonino da luta pela independência de São Tomé e Príncipe
A popularidade do Sporting em São Tomé e Príncipe explica-se pela história da libertação do país, sob domínio colonial até 1975. Mais do que um clube desportivo, o Sporting Clube de São Tomé representava a defesa da cultura são-tomense.
