"Estou confiante no Supremo Tribunal", disse Scott Bessent à "Reuters". "Temos estes défices comerciais há anos, continuam a crescer. Estamos a chegar a um ponto de rutura... evitar uma calamidade é uma emergência", afirmou, mantendo o discurso catastrofista sobre o tema do Governo de Trump.
Um tribunal federal da relação norte-americano considerou na sexta-feira ilegais as tarifas comerciais impostas por Donald Trump. No entanto, os juízes decidiram deixar as taxas em vigor durante o desenrolar do caso.
A decisão considera que a legislação invocada pelo presidente, de emergência nacional, dá-lhe vários poderes, mas não o de impor tarifas ou impostos, segundo a "Bloomberg", referindo-se à 'International Emergency Economic Powers Act' ou IEEPA.
Com um resultado final de 7-4 entre os juízes, o tribunal devolveu a decisão à primeira instância - o 'International Court of Trade' - que deverá decidir se bloqueia as tarifas para todos os países, e não somente os litigantes: várias empresas importadoras dos EUA e 12 estados do país.
A Casa Branca pode pedir ao Supremo Tribunal para decidir o caso, contando com uma maioria republicana na instância máxima.
"As tarifas continuam em efeito", reagiu Trump nas redes sociais, deixando críticas à decisão do tribunal que considerou "tendencioso". "Eles sabem que os EUA vão ganhar no final. Se as tarifas forem revogadas, será um desastre total para o país", tendo mencionado o Supremo Tribunal na sua comunicação, deixando antever o que pode vir a ser o próximo passo.
"É senso comum que a administração já estava a antecipar esta decisão e está a preparar um Plano B, para manter as tarifas em vigor usando outras leis", disse à "Reuters" William Reinsch, antigo responsável do Ministério do Comércio.