O que é esta nova área
do Buzz Legal? Já não
é uma concretização
da multidisciplinaridade.
É uma marca da PLMJ?
O Buzz Legal é um projeto autónomo da PLMJ, que criámos para agregar alguns projetos de desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas ao exercício da atividade jurídica em geral e ao exercício da advocacia em especial. São soluções pensadas sobretudo para nós, para os nossos advogados, mas que percebemos, a certa altura, que poderiam ser interessantes também para os nossos clientes e, em especial, os departamentos jurídicos dos nossos clientes. É um projeto já com alguns anos, que sentimos necessidade de autonomizar porque tem características, que não são as características que associamos habitualmente ao exercício da advocacia. Precisávamos de um espaço que fosse sobretudo de exploração, experimentação, de utilização de certas metodologias. Trabalhamos também com parceiros, porque precisamos desses parceiros para desenvolver estas soluções. E precisávamos de alguma liberdade que fosse um espaço de curiosidade.
Quando fala de alguns anos, quanto tempo foi necessário para operacionalizar o projeto? Houve necessidade de fazer reforços?
Eu entrei em 2020 na PLMJ. Já havia várias ideias, até algumas provas de provas de conceito. Eu diria que, pelo menos, desde 2018 que alguns destes projetos já vinham sendo pensados. Eu vim recrutada precisamente com esse propósito.
Neste momento já somos quatro pessoas. Trabalhamos muito com equipas internas aqui da PLMJ, naturalmente o IT, trabalhamos muito com os designers por causa de toda a parte de User Experience e, depois, todo o desenvolvimento propriamente dito é feito com parceiros que, tendo sempre o cuidado de ir selecionar as empresas que, pelo seu tipo de perfil, desenvolvam soluções mais adequadas àquilo que que pretendemos.
Pode dar-nos alguns
exemplos destas soluções?
Tudo o que temos desenvolvido até agora assenta em tecnologia que já existe. Desde automação, o RPA, robotização, OCR, Analytics, geração documental, inteligência artificial, naturalmente, tanto a não generativa como agora a generativa. E o que temos feito é aplicar a tecnologia a processos de trabalho e de negócio, melhorando e facilitando a vida a quem trabalha ou contacta com esses processos e criando automatismos, reduzindo o risco, a possibilidade de erro humano. Outra coisa que temos feito, não tanto do ponto de vista de desenvolvimento de soluções, prende-se com acompanhar os nossos clientes nos próprios processos de escolha de tecnologia para as suas organizações.
Este projeto faz da PLMJ uma espécie de tecnológica do sector jurídico?
A PLMJ quer continuar a ser uma sociedade de advogados. O que tem feito é integrar a tecnologia na sua prestação de serviços, se calhar de uma forma que os outros escritórios de advogados ainda não fazem. É e continuará a ser uma sociedade de advogados. I.A. e F.A.