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Azueira Caprichos magnânimos

Na Adega Cooperativa de Azueira, na região Oeste, a poucos quilómetros da capital, quase tudo se está a fazer para inverter um mau caminho, aziago, de um passado recente.

Na Adega Cooperativa de Azueira, na região Oeste, a poucos quilómetros da capital, quase tudo se está a fazer para inverter um mau caminho, aziago, de um passado recente. O tino é voltar a trilhar a senda do sucesso. Há cerca de dois meses, João José Moreira, presidente da empresa, liderou uma apresentação pública de três vinhos da casa, no Palácio Nacional de Mafra. Dois vinhos inspirados no século XVIII, ‘D. João V’ e ‘Capricho do Rei’, “que pretendem honrar a sumptuosidade e requinte dos banquetes do monarca magnânimo, D. João V”, ligado de forma indelével àquelas terras e ao referido monumento. O terceiro fica para o fim, por motivos que irão já perceber.
A data foi escolhida por ser o momento de celebração do 60º aniversário da Adega Cooperativa de Azueira. O local por enviar os convidados de forma direta e rápida para uma viagem a tempos de grandes feitos e conquistas através de um espetáculo de encenação histórica.
“O ‘Reserva D. João V’, vinho de caráter nobre, será disponibilizado nas versões tinto e branco e promete um paladar intenso e surpreendente. É um vinho de cor violeta e de perfil frutado que contém aromas de ameixas pretas, frutos silvestres e notas de especiarias. Uma sugestão para acompanhar pratos condimentados, carnes vermelhas ou grelhadas e queijos fortes”, destaca um comunicado da empresa vitivinicultora. Por seu turno, o branco da mesma referência apresenta-se como “um vinho com boa estrutura e equilíbrio perfeito entre a fruta fresca do Fernão Pires e fruta madura do Chardonnay”, ou seja, “uma sugestão para acompanhar refeições de peixe, carnes brancas assadas e queijos suaves”.
“Harmonioso e elegante, o vinho tinto ‘Capricho do Rei’, da casta Syrah, apresenta um aroma intenso de frutos vermelhos bem maduros e notas balsâmicas com um paladar único e intenso. É adequado para acompanhar grelhados, carnes brancas e pratos vegetarianos”, adianta a Adega da Azueira. São vinhos respeitáveis, honestos. Quiçá a requererem algum envelhecimento em garrafa, vai-se lá descobrir mais tarde.
Mas destacamos, de forma nítida, pelo que o nosso palato apurou, o ‘Magnânimo D. João V’, reserva, branco. Fernão Pires, Chardonnay e Arinto numa boa parceria. Fruta fresca, fruta madura, 13 graus a balançar na boca com o requintado e suave toque da madeira.
Esta casa de vinhos produz anualmente cerca de dez milhões de litros de vinho, sendo 85% tinto e 15% branco. Atualmente, conta com aproximadamente 400 sócios ativos e a área de produção ronda os 1.200 hectares de vinhas. 

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