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Alfa Romeo Giulia na rota dos premiums há um italiano a pontuar

A Alfa Romeo está a lançar grandes calrros e o Giulia é um dos dois grandes exemplos de sucesso. A versão experimentada é a de 190 cv, sobrealimentada e com motorização diesel.

A Alfa Romeo está a lançar grandes calrros e o Giulia é um dos dois grandes exemplos de sucesso. A versão experimentada é a de 190 cv, sobrealimentada e com motorização diesel. Na prática é o mesmo que dizer que estamos perante um carro com umas linhas muito bonitas, ao melhor estilo daquilo que a casa italiana sempre soube fazer de melhor, e com um supermotor.
O teste dinâmico foi feito sem constrangimentos e sem preocupações de poupança de combustível e sempre nos limites das velocidades máximas permitidas. Este é um carro que merece um teste em circuito. A publicidade televisiva de dois carros a rodopiar perante um eixo imaginário é o momento da verdade e este Giulia tem aptidão para colocar cinco passageiros confortáveis mas também para ser o carro desportivo da família. Dois em um!
Primeiro temos o design e a estética, um dos dois pontos muito fortes da marca. As linhas agressivas e fluídas têm um epílogo na frente e na traseira. A frente com triângulos invertidos e luzes LED de presença irradiam força e vitalidade. E se associarmos esta imagem de frente com a potência debitada pelo motor temos claramente uma águia a potenciar força. Os rivais são claramente o C da Mercedes e o 3 da BMW. A traseira não é menos expressiva e tem o benefício da linha lateral do veículo criar a imagem de um coupé, sem ter o desconforto de um teto baixo. E se a frente é uma águia em voo picado, a traseira é a mesma águia a planar. A imagem é suficientemente forte para compreender até onde os designers do grupo italiano conseguem levar a imaginação.
E depois temos um motor potente. A Alfa Romeo dá cartas com estes 190 cv e binário de 450 Nm. A aceleração dos 0 aos 100 km/h é feita em 6,9 segundos e a recuperação dos 80 para os 120 km obriga a pouco mais de cinco segundos. O consumo anunciado de 5 l/100 km em termos de média foi algo absolutamente impossível de conseguir. Nos percursos de bom comportamento ainda chegámos aos 6,9 l, mas a média ficou bem acima dos 8 l/100 km/h. Um verdadeiro “pé de chumbo”! A velocidade máxima de 230 km/h é o mínimo que se pode pedir a este bólide, embora com os controlos policiais de estrada seja preferível não arriscar e tentar um circuito para os testes a sério. A caixa automática de oito relações está bem adaptada, com um algoritmo que antecipa os eventuais movimentos de caixa que queiramos fazer com patilhas. O seletor do programa de condução permite uma rodagem económica ou algo bem mais agressivo.
Dentro do equipamento de série há alguns pontos a realçar, caso do sistema multimédia com um grande ecrã touch, o ar condicionado bizona, os sensores de chuva e luz, os sistemas ativos e passivos de segurança, incluindo o modelo de travagem de emergência que funciona autonomamente. De realçar ainda de série o veio em carbono aplicado na transmissão e os sensores de estacionamento. Como opcionais e a valer o dinheiro temos as jantes em liga leve de 19 polegadas ou ainda o sistema de conexão Apple Car Play ou o Android Auto. Um ponto último em opcionais, e que funciona bem, é o sistema de máximos adaptativos.
O “auto high beam” permite a regulação automática de máximos e atua como assistente do ângulo morto. Este é um opcional de 900 euros mas que faz a diferença nas viagens em estradas nacionais, transformando a noite em dia. Uma nota ainda para a iluminação interior deste Giulia em condução de rotina que consegue ficar próximo de premiuns como a Mercedes que apostam forte neste tipo de pormenores. Na prática é ligar a funcionalidade ao conforto e à elegância, atributos a que a Alfa Romeo sempre esteve ligada. O porta-luvas refrigerado e parabrisas atérmico fecham este círculo do pequeno pormenor que faz a diferença. 

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