A ação que a Associação Empresarial de Portugal (AEP), em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Britânica, levou a efeito, no sector dos vinhos, “teve como grande objetivo procurar reforçar a notoriedade e visibilidade às diversas regiões vitivinícolas portuguesas, tendo sido identificadas potenciais parcerias, que serão agora exploradas”, referiu o presidente do conselho de administração daquela estrutura empresarial, Luís Miguel Ribeiro.
A AEP recebeu uma missão inversa de compradores de vinhos do Reino Unido, que envolveu 21 produtores nacionais e 12 do Reino Unido. O objetivo era promover o intercâmbio comercial e fortalecer as relações entre as empresas dos dois países. Uma oportunidade para estabelecer contactos comerciais, explorar possibilidades de colaboração e conhecer a qualidade e diversidade dos vinhos produzidos em Portugal.
“No ano passado as exportações de vinho para o Reino Unido foram muito dinâmicas, cresceram cerca de 5%, contrastando com a queda das exportações globais do sector para o mundo. Esta evolução permitiu reforçar o peso das exportações nacionais de vinhos para o Reino Unido, perfazendo os dois dígitos (10%)”, recordou Luís Miguel Ribeiro.
O sector vitivinícola português tem vindo a destacar-se a nível internacional, conquistando prémios e reconhecimento pela sua excelência e autenticidade, por isso, o programa da missão contempla provas de vinhos, visitas a quintas e reuniões individuais, referiu ainda.
Em 2021, a AEP organizou um encontro semelhante – que envolveu 12 produtores de vinhos nacionais - através da organização de uma missão inversa de compradores internacionais oriundos do Reino Unido, Dinamarca, Polónia, Rússia, Brasil, Uruguai, Colômbia, Canadá, EUA, EAU.
Segundo a organização, a participação foi considerada importante pelas empresas, dado que permitiu o reforço da abordagem ao mercado do Reino Unido, num contexto em que a maioria já abordara este mercado (70%) e pretendia fazer crescer o seu volume de negócios e consolidar a sua posição. As restantes (30%) pretendiam efetuar prospeção ou entrar no mercado britânico.
A ação incluiu um programa diversificado com provas de vinhos e reuniões B2B (business to business) e momentos de networking com os 21 produtores portugueses do sector dos vinhos participantes na ação, “onde puderam estabelecer contactos e explorar novas oportunidades de negócio, bem como a possibilidade de criar parcerias estratégicas para ambas as partes”.
O último dia foi dedicado a visitas a nove quintas de produtores das regiões do Douro, Dão e Vinho Verde, “onde puderam constatar in loco, a qualidade e diversidade dos vinhos produzidos em Portugal, assim como a incorporação de inovação tecnológica que hoje cada vez mais, caracteriza a produção nacional”.
“A interação direta durante toda a ação permitiu construir relacionamentos mais próximos, essenciais para futuras colaborações e negociações, impulsionando assim o crescimento e a competitividade do sector vitivinícola português”, conclui a AEP.
