O diretor-geral da Academia Portuguesa de Cinema considera que para um país, como os Estados Unidos, que vendem ao mundo uma narrativa de ser a "referência global da liberdade criativa", com Hollywood como "o seu rosto mais visível", decidir taxar todo o cinema que não controla revela "mais medo do que força" e dificilmente se justifica como verdadeira proteção cultural. "Trata-se antes de oportunismo económico mascarado de pseudo-patriotismo", afirma Diogo Camões.

Xavier Salomon, escolhido na sequência de um processo de recrutamento internacional para assumir o cargo, vai suceder ao historiador António Filipe Pimentel, que passará à reforma no início de 2026.

Como sempre, o comentador deixa as suas escolhas que esta semana passam pela série da Netflix que é considerada por Rui Calafate como um autêntico murro no estômago. Destaque ainda para o livro que retrata o impacto do cantor Julio Iglesias na nossa cultura.

O filme francês "Emilia Pérez" e o épico americano "O Brutalista" dominaram as categorias de Cinema, enquanto os favoritos "Shōgun" e "Baby Reindeer" venceram nos prémios de TV. Mas não poderiam faltar surpresas e, nesta matéria, a atriz brasileira Fernanda Torres fez o pleno.

O festival teve regressos, animação, nostalgia e clássicos. Da Weasel, Revenge of the 90’s, Veigh e Van Zee foram os cabeça de cartaz.

Da Weasel e Revenge of the 90’s foram os destaques dos dois primeiros dias do festival. Summer Opening regressa a 19 e 20 de agosto.