Autor
Notícias
Uma abordagem estritamente formal sobre o presidencialismo angolano é extremamente limitativa, porque não considera a função dos actores não estaduais, em particular dos líderes partidários, que não têm poderes formais, mas podem condicionar o funcionamento do governo
Imaginemos a guerra como uma espada. Este instrumento corta através da carne anatómica dos seres humanos, metaforicamente atravessando e rompendo a coexistência internacional.
Ecoa um enorme vazio sobre os pastores porquanto já nada se ouve a respeito de “Vou lá visitar pastores”, que nos trazia as proposições humanas, culturais e políticas no sul do país, através de uma perspectiva dos povos kuvale. Estamos, assim, perante uma desconformidade temporal dentro de um espaço geográfico que a todos diz respeito directa ou indirectamente.
A realidade africana convoca-nos para uma profunda reflexão sobre a sua incapacidade de gerar acontecimentos políticos novos e com uma projecção de futuro. Esta crise crónica da realidade africana continua a prolongar o estado de saída “da grande noite”, utilizando uma expressão de Achille Mbembe. Por isso, observa-se, actualmente, uma erosão dos sistemas políticos africanos que, na sua maioria, são importados de Paris, de Londres e de Lisboa, antigas capitais coloniais onde as elites africanas estudaram e que inspiraram os seus actuais quadros constitucionais.
Aos 11 de Novembro de 1975, após a celebração dos Acordos de Alvor, Angola, até então colónia portuguesa, declarou a sua independência.
É, de facto, no estilo de fazer política que se nota diferença significativa entre João Lourenço e José Eduardo dos Santos, referidamente na comunicação política.
Ver mais