As exportações de vinhos portugueses atingiram os 452,4 milhões de euros no primeiro semestre do ano, representando um aumento homólogo de 1,25% em valor e de cerca de 8,5% em volume (171,5 milhões de litros), o que leva Frederico Falcão a considerar que “são bons indicadores para que, no final do ano, os valores venham a ser muito positivos”. Em declarações ao JE, o presidente da ViniPortugal referiu que “outro indicador positivo é que mercados emergentes como os do Brasil e dos Estados Unidos registaram comportamentos muito positivos” que agora é necessário consolidar até ao final do ano. Do lado menos positivo “está a queda do valor médio das exportações”, (2,64 euros/litro), que de qualquer modo se compreende face “ao volume de stock que se encontra nos armazéns dos produtores”.
No que diz respeito aos mercados de exportação, destacam-se, ao nível do valor, a França (53,4 milhões de euros), seguindo-se os Estados Unidos da América (50,1 milhões) e o Brasil (38,9 milhões). Também no volume exportado (litros), França mantém a posição de liderança (17,5 milhões de litros), seguida pela Espanha (16,4 milhões) e e Angola (15,3 milhões).
Frederico Falcão considera que o sector continua “a ter um desafio no que toca ao preço médio, que reduziu em vez de aumentar, como era a nossa expectativa. No entanto, os números continuam a sublinhar a competitividade, a resiliência e a qualidade do vinho português no panorama global. Continuamos empenhados em promover os nossos vinhos e em encontrar soluções que maximizem o seu valor nos mercados internacionais”.
A produção de vinho em Portugal atingiu os 7,4 milhões de hectolitros em 2023, o que corresponde ao resultado mais alto desde 2001, divulgou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) nas estatísticas agrícolas. A produção de vinho aumentou em quase todas as regiões do país. Mas o consumo de vinho decresceu 9,2%, “particularmente no que respeita aos vinhos sem certificação”.
Em plena fase de vindimas, as regiões têm reportado um tendencial crescimento da produção – faltando ainda a avaliação da região dos Vinhos Verdes, que é tradicionalmente atrasada em relação às restantes.