Tomás Correia, Ribeiro Mendes e Godinho na corrida

A liderança da Associação Mutualista Montepio Geral, uma associação com mais de 600 mil associados, que é dona da Caixa Económica Montepio Geral e das seguradoras Lusitânia, vai ser decidida no próximo dia 7 de dezembro. Estas são uma eleições que decorrem num contexto especial, pois o novo Código das Associações Mutualistas entrou em vigor no passado dia 2 de outubro e há novas regras. Na lista de novidades está o facto de a Associação Mutualista ir passar a responder perante a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundo de Pensões (ASF). O novo Código também vai passar a sujeitar os órgãos sociais da Associação Mutualista à avaliação da adequação e idoneidade dos gestores (‘Fit & Proper’). As novas regras do código trazem critérios mais apertados no que toca ao registo e idoneidade dos gestores. Há ainda a questão da concentração de participações, nomeadamente na Caixa Económica. As associações supervisionadas pela ASF poderão ser alvo de uma maior exigência sobre a concentração de ativos, tal como previsto no regime de solvência II. Depois, os mandatos nas Mutualistas passam a estar limitados a três (Tomás Correia disse que este limite só se aplica para o futuro) e os titulares dos órgãos não podem exercer cargos em participadas. Mas está também prevista a criação da comissão de acompanhamento do período de transição que ainda não está criada.