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Terrorismo de informação, a ameaça às democracias liberáis

Recentemente, o Washington Post escreveu um fascinante artigo, “Nothing on this Page is Real: How lies become truth in Online America” que mostra ambos os lados da paisagem cibernética atual: o lado daqueles que criam as notícias falsas e o lado daqueles que acreditam nelas, fazem likes e partilham conteúdos durante muitas horas ao longo do dia.

A proliferação de notícias fabricadas que são apresentadas como tendo origem em fontes verdadeiras e legítimas as chamadas fake news  tornou-se um padrão perturbante que transformou o nosso uso diário de redes sociais e a forma como consumimos informação. Ajudou a moldar um novo campo ideológico em que terroristas de informação criam plataformas múltiplas onde atacam e difamam os seus oponentes, desencadeando fortes reações emocionais e assim permitindo criar narrativas poderosas, por mais absurdas e falsas que sejam, que são vastamente propagadas e permitem normalizar as perspetivas mais radicais. Por vezes, a bolha de ilusão criada é tal que nem mesmo quando as notícias são denunciadas e desmentidas, os seus leitores querem acreditar na verdade, como mostrou tão bem o artigo do ‘Washington Post’.

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