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Semana atribulada nos mercados na semana do Natal

As bolsas transacionaram com volatilidade, ao sabor dos desenvolvimentos da variante “Ómicron”.

Os mercados acionistas mundiais tiveram um conjunto de sessões atribuladas na semana antecedente ao Natal. Segunda-feira ficou marcada por um sell-off bastante expressivo. A contribuir para os receios dos investidores esteve a nova variante de Covid-19, “Ómicron”, cuja propagação tem vindo a aumentar de forma bastante rápida. Para além disto, o número de infeções “gerais” por Covid-19 tem vindo a aumentar em quase todo o mundo, levando várias geografias a reimpor fortes medidas de restrição. No entanto, durante o decorrer da semana o sentimento acabou por melhorar. Um conjunto de estudos sugeriu que, apesar do elevado nível de transmissibilidade, a nova variante aparenta ser menos severa do que as anteriores, resultando provavelmente num menor número de hospitalizações. Adicionalmente, algumas farmacêuticas, como a Pfizer e Moderna indicaram que mais uma dose da sua vacina deverá oferecer proteção contra a “Ómicron”.

Com o ano de 2021 a terminar, é uma boa altura para analisar o comportamento dos principais índices. Em Wall Street deu-se continuidade aos ganhos da segunda metade de 2020, estando a caminho de encerrar 2021 com ganhos na ordem de 25%. Do outro lado do Atlântico, o Stoxx 600 também se encontra a caminho de fechar o ano bem positivo, perto dos 21%.

Olhando para movimentos de mercado em específico, a Nike superou as estimativas para as receitas e lucros trimestrais. As vendas do segundo trimestre da Nike na América do Norte, o seu maior mercado, saltaram 12%, com a reabertura da economia norte-americana. As receitas globais da empresa aumentaram 1% para 11,36 mil milhões de dólares no segundo trimestre, superando as estimativas dos analistas de 11,25 mil milhões de dólares. Já a sua rival, Adidas, informou que pretende cancelar a maioria das ações que for recomprando, o que reduzirá o número de ações disponíveis para negociação bem como a parcela de capital dispersa. Esta atitude faz parte do plano anunciado pela empresa no início deste ano de devolver até 9.000€ milhões aos seus acionistas ao longo dos próximos 5 anos, quer através de pagamentos de dividendos correspondentes a 30%-50% do lucro líquido gerado pela atividade, quer através da compra de ações próprias. Destaque ainda para a Volkswagen, cujas vendas, de acordo com a Manager Magazin, deverão ficar um pouco abaixo dos 9 milhões de veículos este ano, uma vez que foi afetada pelos estrangulamentos nas cadeias de abastecimento.

Em Portugal, a Corticeira Amorim anunciou a colocação de 11,6 milhões de euros em obrigações “verdes” para comprar painéis solares. Já a EDP Renováveis garantiu um novo contrato de 25MW relativo a um projeto de solar fotovoltaico na Hungria, por um período de 15 anos. Destaque ainda para o BCP que terá de cumprir requisitos de fundos próprios e de passivos elegíveis de 21,42% em 2022 e 27,29% em 2024.

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