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Prada reforça presença no mercado global de moda

Com a aquisição da Versace por 1.184 milhões de dólares, a Prada posiciona-se de forma estratégica num setor cada vez mais dominado por grandes conglomerados.

O grupo Prada concluiu esta semana a compra da marca de moda Versace por 1.375 milhões de dólares (cerca de 1.184 milhões de euros), após a aprovação das autorizações correspondentes. “A Prada anuncia a conclusão da aquisição da Versace da Capri Holdings, após ter obtido todas as autorizações regulamentares necessárias”, informou a empresa num comunicado em que não menciona o valor da transação.
Em abril deste ano, quando a compra foi anunciada, a Prada, uma das principais marcas de moda italiana, tinha indicado que o preço da aquisição seria de 1.250 milhões de euros.
O presidente e diretor-executivo da Capri Holdings, John D. Idol, explicou que os fundos obtidos com a venda da Versace serão destinados ao pagamento da maior parte da dívida da empresa. “Continuamos focados em executar as nossas iniciativas estratégicas na Michael Kors e na Jimmy Choo para maximizar o potencial das nossas marcas”, afirmou.
O responsável desejou à equipa da Versace “muito sucesso no futuro” e expressou a sua convicção de que a Prada é “o parceiro ideal (...) para a sua próxima era de crescimento”. Assim que a operação for concluída, Lorenzo Bertelli assumirá o cargo de presidente executivo da marca.
A aquisição da Prada impede que a Versace seja absorvida por grande grupos franceses, como o LVMH ou a Kering, que há décadas têm vindo a consolidar o setor, absorvendo discretamente marcas antigas.
Em 2024, o Grupo Prada registou vendas líquidas de 5,43 mil milhões de euros, um aumento de 17% em relação a 2023. No mesmo ano, o grupo registou um EBIT (lucros antes de juros e impostos) de cerca de 1,28 mil milhões de euros e os seus lucros líquidos aumentaram para cerca de 839 milhões de euros.
Este ano fica também marcado por outra movimentação estratégica no setor do luxo. A Kering, grupo francês de luxo que detém marcas como a Gucci, confirmou a venda da sua unidade de beleza à L’Oréal por 4 mil milhões de euros. A operação inclui a marca de fragrâncias Creed, adquirida pela Kering em 2023 por cerca de 3,5 mil milhões de euros, e concede à L’Oréal os direitos exclusivos para desenvolver e comercializar produtos de beleza associados às marcas de moda Bottega Veneta e Balenciaga.
Porém, uma das maiores transação de sempre na indústria, foi a compra da joalheira americana Tiffany pelo grupo LVMH em janeiro de 2021 e após uma disputa judicial quando a LVMH tentou cancelar o acordo original de compra - uma operação avaliada em 16,2 mil milhões de dólares (13,8 mil milhões de euros).
Já em 2011, o conglomerado fundado por Bernard Arnault tinha comprado a fabricante de jóias italiana bulgari por 3,7 mil milhões de dólares (3,17 mil milhões de dólares) continuando aestratégia de investir em várias marcas de diferentes setores em diversos países.

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