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Miguel Pina Martins lança startup para ajudar empresas a integrar IA

Open Gate AI vai fornecer consultoria estratégica, formação e programas personalizados na área da IA a todo o tipo de empresas . É o novo projeto do fundador da Science4you.

Miguel Pina Martins trilha um novo rumo empresarial. Depois dos brinquedos didáticos da Science4you, da qual já não é acionista, vai dedicar-se a soluções B2B na área da inteligência artificial (IA), em parceria com Flávio Guerreiro, gestor com experiência internacional, que, como ele, integrou a turma de 2007 do Mestrado Executivo do INDEG-ISCTE.
“A nossa aposta nasce da convicção de que as empresas precisam de soluções práticas para integrar a IA nos seus processos, não apenas como tecnologia, mas como ferramenta estratégica para aumentar eficiência, melhorar a tomada de decisão e potenciar o desenvolvimento das equipas”, explica Pina Martins ao Jornal Económico (JE).
Flávio Guerreiro assume a função de CEO da Open Gate AI, assim se designa a empresa, um nome que na tradução para português - “porta aberta para a inteligência artificial” - sinaliza o propósito para que foi criada.
“Queremos que a IA deixe de ser vista como uma ameaça ou uma abstração, e passe a ser uma aliada concreta na resolução de problemas, na tomada de decisões e na criação de valor”, justifica Pina Martins.
A IA tornou-se em pouco mais de um ano o motor de mudança no mundo empresarial. Muitas empresas sentem-se perdidas entre o hype e a complexidade técnica, sem saber por onde começar ou como garantir que a tecnologia serve os seus objetivos reais. Miguel Pina Martins e Flávio Guerreiro querem ajudar outros a apanhar o comboio. “A nossa principal meta não é económica ou financeira, é acelerar a adoção estratégica da Inteligência Artificial nas empresas portuguesas, de forma prática, ética e centrada nas pessoas”.
A oferta combina consultoria estratégica, formação e programas personalizados, sempre com foco em “resultados tangíveis e sustentáveis”. Cada projeto é adaptado às necessidades específicas do cliente, num processo que inclui ouvir as empresas, acompanhar as equipas e personalizar as soluções de formação. Miguel Pina Martins detalha o caminho: “o processo tem início com consultoria, auscultando os clientes, percebendo qual o seu estágio atual, necessidades e expetativas, as quais são posteriormente trabalhadas na vertente da formação personalizada, com uma forte componente prática - utilizando casos de uso internos - assegurando a utilização da IA para ganhos efetivos de eficiência”.
Open Gate AI está aberta a todo o tipo de empresas — desde PMEs em transformação até grandes organizações — e em setores como retalho, indústria, logística, serviços financeiros, educação e tecnologia.
O arranque faz-se com dois projetos definidos já em dezembro, havendo vários projetos em carteira para janeiro.
Objetivos a médio prazo? “Queremos, diz Pina Martins, contribuir para o desenvolvimento de talento digital em Portugal, promovendo o upskilling e o reskilling das equipas, criando comunidades de aprendizagem que perdurem para além dos projetos”. Já no longo prazo, os empreendedores querem posicionar a Open Gate AI como uma referência europeia na capacitação tecnológica e na transformação digital com propósito.

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