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“Partex dará mais-valia superior a 100 milhões de dólares”

À margem da divulgação da venda da Partex à tailandesa PTTEP, Isabel Mota falou ao JE e admitiu que o preço foi superior ao previsto.

Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) anunciou na segunda-feira passada o fim da histórica ligação de 60 anos como acionista da Partex, agora vendida por 622 milhões de dólares (cerca de 555 milhões de euros), à empresa estatal tailandesa PTT Exploration and Production (PTTEP), presidida por Phongsthorn Thavisin. À margem da conferência de imprensa realizada na FCG para divulgar a transação, Isabel Mota falou com o Jornal Económico, durante uma pequena entrevista, explicando que o negócio proporcionou uma “mais-valia superior a 100 milhões de dólares”.
Anteriormente, o presidente executivo da Partex, António Costa Silva, já tinha dito ao Jornal Económico que havia vários interessados na empresa, prevendo-se que o processo de escolha de um comprador estivesse concluído até junho. Assim aconteceu. A PTTEP foi a escolhida entre 14 potenciais interessados.
No final de 2017, os ativos da Partex estavam avaliados em 457 milhões de euros e geraram ganhos de 10%. Por seu turno, o volume de ativos da FCG ascendeu em 2017 a cerca de 3.000 milhões de euros. Esta venda à tailandesa PTTEP representa a conclusão de um processo que tinha sido interrompido pelo fracasso da negociação com os chineses da CEFC, que tinham feito uma oferta de 500 milhões de euros pela Partex. No ano passado, a Partex distribuiu à FCG dividendos de 90 milhões de euros e apresentou um lucro de 37 milhões de euros. A Partex foi criada em 1938 por Calouste Gulbenkian, que só em 1956, por testamento, criou a fundação com o seu nome.

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