O caminho da negociação do pacote laboral faz-se caminhando, e até já deu frutos com o recuo em matérias da parentalidade, mas a discussão não durará para sempre, avisou o Governo. Contudo, numa altura em que estão em jogo dois processos político relevantes, por um lado, a reforma laboral, por outro, e o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), o desejável é que os dois sigam caminhos próprios e que um não seja impedimento para o outro, alerta também a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
“Nem compreenderemos que [a revisão laboral] seja utilizada como moeda de troca [para a aprovação do OE]”, frisou Armindo Monteiro em declarações ao Jornal Económico (JE).
Sobre as mudanças à lei laboral, o líder da CIP salientou que este é o tempo do diálogo social, “não o de taticismos político-partidários que subvertam ou desrespeitem esse diálogo”. O responsável acredita que “se houver vontade, realismo e capacidade de diálogo, serão alcançados compromissos que resultarão num acordo” entre Governo e parceiros sociais que culminará numa “legislação laboral mais adequada à realidade do século XXI”.
Pacote laboral não pode ser “moeda de troca” para OE, diz CIP
Ministra diz que negociação sobre a reforma laboral tem de ser profunda, mas avisa que não vai ser eterna. Confederação Empresarial de Portugal espera que os “taticismos partidários” fiquem à porta. Parceiros sociais e Governo voltam a discutir leis laborais a 8 de outubro.
