As palavras da recém-eleita secretária-geral da ONU Turismo, Shaikha Nasser Al Nowais, marcaram a cerimónia de abertura da Bolsa Internacional de Turismo de Angola (BITUR), em Luanda. Foi a sua primeira visita oficial, ainda sem tomar posse, e marcada por uma mensagem de confiança em África. “O continente oferece experiências autênticas, culturas ricas e tradições únicas. Investir em turismo sustentável é uma oportunidade de posicionar África como líder global, enquanto empodera comunidades locais e preserva as suas ligações culturais para as gerações futuras”, afirmou.
Shaikha Nasser Al Nowais defendeu que, apesar da crescente digitalização das viagens, “a conexão humana permanecerá sempre no coração da experiência turística”. Para a ONU Turismo, Angola é um caso exemplar de país que reconhece o seu potencial e investe num setor em crescimento. “De cidades vibrantes, como Luanda, às paisagens do Parque Nacional da Kissama, Angola move-se com um ritmo cheio de energia. Não é apenas um lugar para visitar, é um lugar para se sentir”, afirmou.
A BITUR 2025 abriu com um posicionamento estratégico claro: alinhar-se com o Plano Nacional de Desenvolvimento 2023–2027, reforçando a presença de Angola nos grandes palcos do turismo global. A diretora-geral do INFOTUR, Allícia Santos, destacou que o evento é uma oportunidade para demonstrar que “o turismo é emprego, é investimento e é desenvolvimento sustentável”.
Durante o evento foi oficialmente lançada a marca “Visit Angola – The Rhythm of Life”, sob a égide do Ministério do Turismo. Para o ministro Márcio Daniel, a marca representa mais do que uma identidade visual, é um movimento nacional. “Este conceito não é apenas uma marca, é um apelo. É um convite a redescobrir Angola, a sentir o pulsar autêntico das nossas culturas, paisagens e povos. É uma afirmação do nosso orgulho e do nosso compromisso patriótico com o futuro do país.” O governante sublinhou ainda que o turismo é um dos setores com maior potencial de geração de emprego, empreendedorismo e inovação. “A verdadeira concorrência é positiva, é colaborativa. É trabalhar lado a lado para mostrar ao mundo o que Angola tem de melhor e que é um destino de excelência”, afirmou, incentivando os operadores turísticos a desenvolverem roteiros inovadores e alinhados com as tendências internacionais.
“O potencial de África, incluindo o turismo, não tem limites”
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A secretária-geral eleita da ONU Turismo deixou uma mensagem clara na abertura da BITUR, em Luanda: África tem todo o futuro. Angola lançou uma marca internacional e definiu a ambição de atingir um milhão de turistas até 2027.