São precisos realizadores assim para provar que o cinema não morre. O verdadeiro cinema, esclareça-se, e não as “franchises” que agora parecem ser o princípio, o meio e o fim dos grandes estúdios de Hollywood. Francis Ford Coppola, o realizador da saga “O Padrinho” e dessa obra-prima que é “Apocalypse Now”, perseguia há muitos anos um sonho: conseguir rodar “Megalopolis”. Um projecto utópico. A ideia de Coppola fermenta desde os tempos em que ia enlouquecendo ao rodar o seu olhar sobre o Vietname a partir do que Joseph Conrad viu no então Congo belga: o horror e a loucura. Coppola deseja contar a história de arquitecto que deseja reconstruir Nova Iorque depois de uma crise financeira deixar de rastos o centro da cidade.