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Novo recorde para Klimt

Em 2013, Water Serpents II foi arrematada por 183,8 milhões de dólares. Esta semana, com a venda de “O Retrato de Elisabeth Lederer” por 236,4 milhões, Klimt bisa no top 10 das obras mais caras de sempre.

O top 10 das pinturas mais caras de sempre é um ser volúvel. O frenesi de leilões faz com que desatualize a um ritmo bastante acelerado. E até que o martelo volte a descer e a dar por arrematada a próxima big sale, eis as 10 pinturas mais caras de sempre.
Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, ainda não foi destronado e é, de longe, a pintura mais cara: 450M$ (290M€). Terá sido pintada entre 1506 e 1513 para o rei francês Luís XII, e foi dada como desaparecida durante muito tempo. O leilão teve lugar em 2017, na Christie’s, em Nova Iorque, e o mundo susteve a respiração quando especialistas levantaram dúvidas sobre a sua autenticidade. Certezas? Apenas esta: estabeleceu um novo recorde para uma obra de arte.
Interchange (1955), do artista holandês-americano Willem de Kooning, vendida em 2016 por 300M$ (260,5 M€), marca outro ponto alto na história do expressionismo abstrato. Paul Cézanne ocupa o terceiro lugar com Os Jogadores de Cartas (1896). É uma das pinturas mais famosas do pós-impressionista francês e foi vendida, em 2011, por 250M$ (217M€) à família real do Qatar. Cézanne, frequentemente referido como o “pai da arte moderna”, revolucionou o mundo da arte com o seu uso inovador de cores e formas geométricas.
O Retrato de Elisabeth Lederer (1914–16), de Gustav Klimt, uma das duas únicas encomendas do pintor austríaco em mãos privadas, foi a peça central indiscutível da venda, na Sotheby’s, da Coleção Leonard A. Lauder. A licitação começou em 130M$ e após 20 minutos de alta tensão foi arrematada por 236,4M$ (205,2M€), fixando um novo recorde para obras de Klimt. Em quinto lugar está a obra Nafea Faa Ipoipo? (When Will You Marry?, 1892), de Paul Gauguin, um representante significativo do pós-impressionismo, vendida, em 2014, por 210M$ (182,3M€), 90 milhões abaixo do valor inicialmente divulgado – o que em nada compromete o fascínio do artista pela beleza exótica do Taiti.
Jackson Pollock, figura proeminente do expressionismo abstrato, revolucionou a pintura com a sua técnica “drip”. Uma das suas obras-primas, Número 17A (1948), foi leiloada em 2016 por 200M$ (173,7M€). The Standard-Bearer (1636), um autorretrato de Rembrandt, esteve em mãos privadas durante séculos, passando das coleções do rei George IV para a família francesa Rothschild, que vendeu a obra, em 2022, ao estado holandês por 198M$ (172M€). No mesmo ano, a Christie's Nova Iorque vendia Shot Sage Blue Marilyn, de Andy Warhol, uma das imagens mais icónicas da arte moderna. que tem por base uma fotografia publicitária de Marilyn Monroe do filme “Niagara”, que integra a série homónima datada de 1964.
No. 6 (Violet, Green and Red, 1951), de Mark Rothko, outra referência do expressionismo abstrato, alcançou, na Sotheby's NY, os 186M$ (161,5M€). Klimt bisa no top 10 com Water Serpents II, pintura que terá sido confiscada pelos nazis durante a II Guerra Mundial. A controvérsia não ficou por aí. Consta que, em 2013, Yves Bouvier terá enganado o bilionário russo Dmitry Rybolovlev, vendendo-lhe a obra por 183M$ (159,6M€), quando o seu custo real era de 112 milhões

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