Nunca uma prova da FIFA colocou tanto dinheiro em jogo como no Mundial de Clubes, prova que vai decorrer entre 14 de junho e 13 de julho nos EUA e que desde o início tem estado envolta em várias frentes de polémica (já lá vamos). No Mundial de 2022, o organismo liderado por Gianni Infantino distribuiu quase 405 milhões de euros mas para o Mundial de Clubes, a FIFA “abre os cordões à bolsa” e dobra a parada: serão 920 milhões de euros. Portugal estará representado por FC Porto e SL Benfica, equipas que ocupam a 10º e a 11º posição e que irão receber respetivamente 16,7 milhões de euros e 14,6 milhões de euros, só por entrarem na prova. As verbas mais significativas estão guardadas para a fase competitiva. Se para as “águias” este valor é mais baixo do que aquele que recebeu por se apurar para a Liga dos Campeões (prova em que recebeu 71,4 milhões esta temporada), os “dragões” encaixam uma verba semelhante àquela que auferiram em toda a participação na Liga Europa esta época. Nas verbas distribuídas por jogo, o Mundial de Clubes deixa para trás competições de muitos milhões como a Liga dos Campeões e a Premier League. Em média, este novo modelo vai render 14,7 milhões de euros sendo que os clubes europeus vão ser os mais beneficiados na distribuição de verbas de participação: podem receber até 35,5 milhões de euros, mais do que os emblemas de outras proveniências. No arranque da prova, a recompensa monetária é relativamente baixa (1,8 milhões por vitória, 6,5 milhões se chegar aos oitavos e 12,1 milhões a quem chegar aos quartos) mas quem chegar às meias garante 19,3 milhões, a final confere 27,6 milhões e o troféu atribui 36,8 milhões ao vencedor. Assim, se um clube europeu completar com vitórias todos os jogos da fase de grupos e conquistar a prova no final, a meio de julho leva para casa 116,2 milhões de euros.
Mundial de Clubes: como a FIFA despejou milhões e manteve os problemas
A FIFA baralhou os calendários, as férias dos jogadores, a pré-época dos clubes e até irritou patrocinadores. Com muito dinheiro em jogo, resta saber quão prejudicada vai ficar a planificação de 2025/26 para FC Porto e SL Benfica.
