No dia 2 de abril de 2025, Donald Trump anunciou um pacote agressivo de tarifas sobre todas as importações para os EUA, apelidado de “Dia da Libertação”. A medida inclui uma tarifa base de 10% e agravamentos adicionais para países considerados “injustos”, como a China (34%) e a União Europeia (20%). O objetivo declarado é proteger a indústria americana e corrigir o défice comercial, mas o anúncio provocou forte instabilidade nos mercados, um mini-crash nas bolsas, reacendendo o risco de uma escalada na guerra comercial global. Os impactos dividem-se entre setores beneficiados e penalizados. Entre os vencedores estão a indústria americana do aço e alumínio e algumas empresas de energia e manufatura doméstica. Já os setores prejudicados incluem a indústria automóvel, o setor tecnológico (empresas como a Apple e a Dell, cuja cadeia de fornecimento está globalmente dispersa) e o agronegócio, exposto a possíveis retaliações comerciais, nomeadamente da China e da União Europeia.
‘Dia da Libertação’ dita mini-crash
O novo cenário condiciona a atuação da Fed e uma série de economias à escala global, com receios de estagflação.
