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Mina de lítio do Barroso na mira da Aethel

Representantes da empresa cofundada por Ricardo Santos Silva estão na Austrália para avançar com o pipeline de aquisições, esperando-se que esta operação seja concluída antes do final do ano, apurou o Jornal Económico.

A Aethel Mining, proprietária da maior mina privada de minério de ferro da Europa, em Moncorvo, está em conversas para adquirir a Savannah Resources, um importante player na indústria europeia de lítio, apurou o Jornal Económico (JE). A concretizar-se, esta aquisição vai dar origem ao maior grupo mineiro em Portugal.

De acordo com as fontes contactadas pelo JE, representantes da Aethel Mining, cofundada pelo empresário português Ricardo Santos Silva, estão atualmente na Austrália para negociações, esperando-se que a operação seja concluída antes do final do ano.

A britânica Savannah Resources ostenta no seu portfólio a mina de Lítio do Barroso, no concelho de Boticas, distrito de Vila Real. Reconhecido como o mais importante recurso de lítio de espodumena em rocha dura da Europa Ocidental, o projeto posiciona a Savannah como um elemento vital na cadeia de fornecimento de lítio.

O plano da Savannah Resources para a mina do Barroso prevê a expansão de 542 para 593 hectares com um tempo de exploração previsto de doze anos e a criação de 215 empregos diretos de longo prazo.

No início de 2020, a Aethel Mining fechou um importante negócio em Portugal, com a compra da empresa MTI – Ferro de Moncorvo, responsável pela exploração mineira desta mina no distrito de Bragança, passando a controlar a concessão do segundo maior depósito de minério de ferro da Europa em Torre de Moncorvo.

A mina produzia agregado de alta intensidade, um “material muito valorizado para a construção e trabalhos em grandes estruturas físicas”, e o plano previa então o fabrico de concentrados de ferro.

A Aethel Mining, cofundada pela empresária norte-americana Aba Schubert, iniciou a atividade de exploração em Portugal em 2005, sob a designação de MTI, e faz parte do grupo Aethel, possuindo negócios de gestão de fundos de investimento alternativos e serviços financeiros, recursos naturais e tecnologia.

O JE tentou obter comentários da Aethel, mas até ao fecho desta edição não foi possível.