Skip to main content

Mais espaço para peões e bicicletas

O programa de Pedro Duarte prevê uma rede maior para bicicletas e que os peões voltem a conquistar espaço público.

Se na Avenida da Boavista as bicicletas perderam espaço, noutros pontos do Porto não há sequer acrescento de quilómetros para dar ao pedal. Há cinco anos, havia um plano de duplicação da rede ciclável para praticamente 70 quilómetros. Nada aconteceu, o que é contestado pelas especialistas. “Não vamos ter faixas cicláveis se não reduzirmos o estacionamento ou algum espaço de circulação automóvel”, destaca a líder do CITTA. Além de mais ciclovias, o Porto deveria seguir o caminho de Lisboa, com uma rede pública partilhada de bicicletas. Paula Teles acompanha a ideia e entende que a iniciativa deveria ser partilhada com as câmaras de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia.
Outra das dificuldades do Porto é usar os passeios: são estreitos, a ponto de duas pessoas não conseguirem caminhar lado a lado, sobretudo quando estão com o chapéu-de-chuva aberto. É um desincentivo à mobilidade suave. “Tão importante como ter um bom transporte público é termos um bom chão para caminhar. Temos passeios cheios de buracos, com descontinuidades, com as raízes a saírem e outros rebaixados para dar prioridade ao automóvel em vez do peão. Não tem havido uma preocupação de dar prioridade de conforto, segurança e inclusão aos peões”, contesta a líder do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade.
O programa de Pedro Duarte prevê o crescimento da rede ciclável na cidade (sem indicar metas), criação de uma rede municipal de bicicletas partilhadas, instalação de zonas de tráfego limitado a automóveis com dístico e ainda o teste do conceito de superquarteirões, com locais onde peões, bicicletas e residentes têm prioridade sobre os carros – a exemplo do que já acontece, por exemplo, no centro de Barcelona.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico