Com 167 unidades totalmente vendidas entre a primeira e segunda fase, a sociedade Verdelago já perspetiva a construção e comercialização da próxima fase. "Já estamos a pensar no orçamento da próxima fase, que serão as últimas 100 unidades a construir", assume em declarações ao Jornal Económico (JE), Joaquim Goes, administrador da empresa.
Depois de terem sido totalmente vendidas 102 unidades, o projeto imobiliário de luxo está agora na segunda fase de construção com cerca de 110 unidades, das quais já estão vendidas 60%. "Os restantes 40% acreditamos que durante o verão a maior parte será vendida", assume Joaquim Goes.
O responsável salienta que quem compra neste tipo de empreendimentos não é para viver o tempo todo, mas muita gente "tem uma combinação de usar para rentabilizar durante uns meses e no resto do ano estarem cá". Sobre as nacionalidades, o responsável destaca que no início foram mais portugueses, mas que nas últimas vendas já se verificou mais mercado internacional, porque o resort não era conhecido e agora está mais consolidado, mais desenvolvido. "Temos holandeses, ingleses, americanos, alemães, espanhóis e suíços", refere.
Face ao sucesso que foram as vendas na primeira fase, a sociedade Verdelago decidiu ajustar os preços para a segunda e terceira fase, com os valores médios a serem agora de 1.180 milhões para as townhouses sem terraço coberto (820 mil euros na primeira fase), enquanto os apartamentos de tipologias T1 a T3 variam entre os 660 mil e os 1,4 milhões de euros (500 a 700 mil euros na primeira fase).
"Achamos que o preço está adequado neste momento e não se espera nenhum ajustamento", refere o administrador, realçando que nas próximas 100 unidades poderá existir "eventualmente algum ajustamento". Sobre o momento em que deverão ser lançadas para venda, o responsável refere que vai depender da evolução comercial do verão, mas que "a empresa está a preparar-se para poder avançar em setembro ou outubro".
Por agora, o foco está na época de verão, na qual Joaquim Goes perspetiva "taxas bastante elevadas", tendo presente que este é o primeiro ano de exploração do resort de luxo. "Estamos a falar de taxas de 75 a 80%", refere, acrescentando que a predominância será de turistas portugueses em cerca de 35% e 65% de internacionais, nomeadamente ingleses, franceses, alemães e americanos. "São as nacionalidades que hoje mais procuram uma experiência premium no Algarve", afirma.
A pensar nessa elevada procura, o espaço conta com 150 colaboradores, sendo que, para o futuro, o administrador antecipa que a ideia é que o complexo já com a abertura do hotel e os apartamentos construídos, possa atingir cerca de 500 pessoas. Sobre os preços dos quartos da unidade hoteleira, que será gerida pela marca Marriott e vai representar um investimento de 52,5 milhões de euros do grupo Verdelago, Joaquim Goes sublinha que, só em 2027, quando for inaugurado poderemos falar de preços, mas que "claramente será um hotel a preços comparáveis aos melhores do Algarve".
Sobre o impacto económico que o resort de luxo pode ter para a região, o administrador da Verdelago indica que a contribuição foi muito significativa. Ter um empreendimento com esta dimensão e qualidade tem externalidades positivas muito significativas, quer ao nível da mão de obra, quer ao nível dos fornecedores desta zona. Não estamos a falar só de Castro Marim, mas também de Vila Real de Santo António, Tavira. Temos várias empresas que trabalham para nós, não só na construção, mas também na manutenção deste resort. Há aqui todos estes efeitos cumulativos que são bastante significativos para a região", explica Joaquim Goes.
O Verdelago Resort representa um investimento de 270 milhões de euros a cargo da sociedade imobiliária Verdelago, cuja participação maioritária é detida pelo Fundo Aquarius, FCR e gerido pela OXYCAPITAL. Designado como um resort de natureza de luxo, este empreendimento ficará inserido numa área de 85 hectares.
Este projeto é desenvolvido em várias fases entre sete a dez anos, englobando também um aldeamento turístico e um hotel de cinco estrelas, com um total de 2.020 camas e criará cerca de 600 postos de trabalho diretos e permanentes. A forte procura tem sido uma tendência deste projeto que acabou por levar à criação de uma lista de espera que conta atualmente com 141 pessoas, das quais 89 portuguesas e 52 estrangeiras.
Os apartamentos terão áreas privativas entre os 80m2 e os 150 m2 e com terraços cobertos entre os 16 e 70 m2, enquanto as townhouses terão uma área privativa de 150 m2 e um terraço coberto de 70 m2 e as villas estarão implementadas em lotes entre 1.500m2 e 1.800 m2, com piscina e uma área privativa de 263 m2.