Skip to main content

Certificados "Made in Portugal" da AIP batem recorde em 2023

AIP passou 4.628 certificados, um recorde na emissão deste instrumento, suportado sobretudo pelos sectores dos transportes, da alimentação e da construção. No top cinco entrou ainda o sector da saúde, seguido dos curtumes.

A Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP) emitiu no ano passado 4.628 certificados de origem, um selo “Made in Portugal” considerado fundamental para ajudar as empresas nacionais a colocarem os seus produtos noutros mercados. Trata-se de um recorde na emissão deste instrumento, suportado sobretudo pelos sectores dos transportes, da alimentação e da construção. No top cinco entrou ainda o sector da saúde, seguido dos curtumes, “com várias empresas da indústria e dos produtos de couro”.

“Disponibilizamos este serviço a todas as empresas portuguesas que querem levar os seus produtos para outros mercados. Na pandemia de Covid-19, assistimos a uma quebra na emissão de Certificados, mas desde então registamos um crescimento sustentado, sinal do reconhecimento das empresas da importância de ter o selo de Portugal”, refere António Cunha Horta, Diretor da AIP responsável pelos Certificados de Origem, numa nota que será divulgada esta quinta-feira e à qual o Jornal Económico teve acesso. Em 2020, considerado o pior ano da pandemia, a AIP emitiu apenas 3.760 certificados de origem. Em 2021 foram 4.087 “selos” passados.

O Certificado de Origem, como explica a AIP, “funciona como comprovativo dos produtos ‘Made in Portugal’”. Na prática é um documento do comércio internacional usado pelos exportadores para comprovarem a origem dos seus produtos, “essencial para ajudar as empresas portuguesas a venderem mais nos mercados externos, especialmente em países extracomunitários”, seguindo a AIP.

Já o Aicep salienta que os Certificados de Origem “podem ter como objetivo garantir um tratamento pautal preferencial (com redução ou eliminação dos direitos aduaneiros na importação) ou, pura e simplesmente, provar a origem do produto por exigência legal do mercado de destino ou do importador”. Trata-se, diz o Aicep, “uma componente fundamental dos negócios com outros países, sobretudo países extracomunitários”.

De acordo com o INE, em 2023 as exportações portuguesas atingiram um peso no PIB de 47,4% (30,5% em bens e 16,9% em serviços). Ainda assim, as exportações portuguesas registaram uma ligeira quebra (1%) em 2023. No entanto, como nas importações a queda foi de 4,1%, no ano em apreço o défice da balança comercial registou menos 3,72 mil milhões de euros, tendo alcançado os 27,35 mil milhões de euros, indicam ainda os dados do INE.