Do IRS Jovem à ausência de medidas para o imobiliário passando pelo sinal positivo, apesar de parco, dado no IRC ao não aumento dos impostos indiretos. Um painel de especialistas da EY analisou nesta conferência todos os quadrantes referentes aos impostos que constam neste documento, dissecando as medidas que constam no OE2025 e o que deveria constar nessas contas para o próximo ano. Em relação ao IRS, a fiscalista Anabela Silva defendeu que o alargamento do IRS Jovem (a medida com maior peso orçamental) vai permitir que mais jovens consigam beneficiar desta medida – as estimativas do Governo apontam para 350 a 400 mil jovens – e também “pode servir como atração de talento estrangeiro”. Ao nível do IRS, destaque também para a atualização dos escalões do imposto em 4,62%, acima da taxa de inflação e em linha o acordo em sede de concertação social (4,7%) a partner de People Advisory Services da EY em Portugal e Angola destacou que, quanto à atualização dos escalões de IRS, a situação de cada agregado familiar deve ser avaliada caso a caso. Quanto outras medidas deste OE relacionadas com o IRS, a saber: atualização do limite de exclusão da tributação do subsídio de refeição, atualização da dedução específica, redução da taxa de retenção na fonte e dos pagamentos por conta para a categoria B (recibos verdes) e isenção de determinados prémios que venham a ser pagos pelas empresas em 2025, que é “uma medida muito discutida”. As especificidades do 15º mês, segundo a sócia da EY, deve ser revisitado na discussão do OE na especialidade.