Os relógios revelam o tempo. E muitos deles buscam sobretudo a precisão, como fez a Seiko que, quando trouxe o quartzo para o mundo da relojoaria, causou uma revolução. Mas a história da marca é muito maior. São 140 anos de vida, que se comemoram este ano, com alguns lançamentos apelativos. É uma forma diferente de celebrar o longo percurso iniciado em 1881 por Kintaro Hattori quando abriu uma pequena loja de relógios em Tóquio. Esta loja seria a predecessora da Seiko Corporation. O objetivo de Kintaro era produzir relógios e foi assim que acabou por abrir a fábrica de Seikosha. O nome tinha um simbolismo: Seiko significa excelente, sucesso ou miniatura. Sha significa casa. O objectivo inicial foi produzir um relógio de bolso. Em 1895 nascia o Time Keeper. O primeiro relógio de pulso japonês, o Laurel, iniciou a sua produção em 1913, saindo da fábrica 30 exemplares por dia. Durante a I Guerra Mundial, a exportação de relógios cresceu exponencialmente já que, na altura, o Japão era aliado dos EUA, da França e da Inglaterra. Os mercados destes países tornaram-se óbvios para a Seiko. Em 1921, a Seikosha produzia cerca de um milhão de relógios de parede e 300 mil de bolso. Em 1924 a marca Seiko é utilizada pela primeira vez num relógio.
Os filhos de Kintaro, falecido em 1934, fundaram em 1937 a Daini para a produção exclusiva de relógios, que viria a dar origem à Seiko Instruments. A II Guerra Mundial colocou em causa o crescimento da empresa, mas a família viria a recuperá-la. Em 1946 a produção de relógios foi retomada. Em 1948 sai o Super, com três ponteiros. O Marvel de 1956 apresenta um novo modelo de precisão. Em 1969 a nova revolução no mundo da relojoaria é real: a Seiko lança o primeiro relógio de pulso de quartzo do mundo. Em 1982 surge o primeiro cronómetro com televisão incorporada. A sua ligação a diferentes Jogos Olímpicos foi sempre uma realidade, devido sobretudo à lógica de precisão temporal que motivava a marca.