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Grupo Vila Galé atinge novo recorde de receitas de 290 milhões de euros em 2024

Deste valor, 172 milhões de euros dizem respeito ao mercado português, 110 milhões de euros ao negócio no Brasil e 6,6 milhões do mercado espanhol. Turistas oriundos dos Estados Unidos tiveram um crescimento de 30% em Portugal. "Foi uma revelação, é um mercado extremamente promissor", diz o presidente do grupo, Jorge Rebelo de Almeida.

O grupo Vila Galé registou um novo recorde de receitas em 2024 de 290 milhões de euros, superando os 275 milhões de euros que tinha alcançado em 2023, revelou o administrador da empresa hoteleira, Gonçalo Rebelo de Almeida, na apresentação dos resultados da Vila Galé na terça-feira.

Deste valor, 172 milhões de euros dizem respeito ao mercado português (+9% face a 2023), 682 milhões de reais (110 milhões de euros) ao negócio no Brasil (+6%) e 6,6 milhões de euros do mercado espanhol. Em relação às taxas de ocupação, Portugal observou um aumento de 4% e uma subida de 5% no número de hóspedes, com os turistas portugueses a representarem um peso de 40% a 45%.

No que diz respeito aos lucros, e apesar das contas ainda não estarem encerradas, o grupo aponta para um resultado de 106 milhões de euros, ficando ligeiramente acima dos 100 milhões registados em 2023.

Entre as nacionalidades estrangeiras, o principal destaque vai para os Estados Unidos, com um crescimento de 30% face a 2023. "Foi uma revelação, é um mercado extremamente promissor", referiu o presidente do grupo, Jorge Rebelo de Almeida, salientando também "o grande salto" de 25% do mercado canadiano, que considera ter um "potencial de crescimento muito maior", bem como a subida de 23% do turista alemão.

De resto, o presidente da Vila Galé anunciou que, para o mês de maio, está programada uma operação no Canadá com a divulgação dos mercados turísticos de Portugal, Brasil e Cuba, onde o grupo hoteleiro se encontra presente, para captar cada vez mais turistas canadenses.

Em relação às taxas de ocupação média, Portugal fixou-se nos 55%, com o preço médio a situar-se nos 120 euros, enquanto no mercado brasileiro, Gonçalo Rebelo de Almeida apontou que a taxa de ocupação "permaneceu igual" a 2023, tendo o preço médio crescido em 7%.

"Este ano as reservas apontam para uma subida, embora não muito expressiva, mas ainda acima de 2024 e sem mudanças nos mercados emissores. Estamos otimistas porque, num mundo conturbado, as guerras não estão a afetar o turismo e Portugal não perdeu competitividade", sublinhou o administrador.

 

"Máquina burocrática" é um entrave a novos projetos

Já de olhos postos no novo ano, a Vila Galé aponta para a abertura de novas unidades em Portugal e Brasil, mas também espera arrancar a construção de novos projetos, com o interior de Portugal a ser uma das principais apostas. "É uma região que tem muito espaço para crescer e onde temos apostado com grande risco e ousadia", referiu Jorge Rebelo de Almeida, manifestando que só não avançam mais projetos porque o país tem "uma máquina burocrática difícil de superar".

Um desses exemplos é a unidade hoteleira em Miranda do Douro, num investimento de 14 milhões de euros, que será composta por 100 quartos e que está há dois anos para ser aprovada. "É pena que demore tanto tempo a aprovar-se, mas acredito que devemos arrancar com a obra este ano", afirmou.

Já em fevereiro, está programada a abertura do hotel Vila Galé Casas D'Elvas, composto por 44 quartos e que representa um investimento de seis milhões de euros.

Outros projetos em desenvolvimento, além de Miranda do Douro, são o Paço Real Caxias, a Quinta da Cardiga e em Penacova. "A não ser que seja um descalabro dos timings de aprovação, é previsível que três destes quatro ainda devem começar a construção este ano", referiu Gonçalo Rebelo de Almeida.

No Brasil, o primeiro semestre vai trazer a abertura do 'Vila Galé Collection Ouro Preto', no estado de Minas Gerais, com 297 quartos, num investimento de 22,5 milhões de euros.

Para o mês de outubro, está programada a abertura do 'Vila Galé Collection Amazónia' em Belém, no estado do Pará, num investimento próximo dos 30 milhões de euros e com 226 quartos "prontos a dar resposta à procura hoteleira da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) que vai decorrer em novembro na região."

Em relação a Espanha, a empresa inaugurou em 2024 o 'Vila Galé Isla Canela', no qual o turista português foi o principal cliente, algo que não impactou o mercado algarvio. "Não perdemos um único cliente português no Algarve", salientou Gonçalo Rebelo de Almeida, acrescentando que, para 2025, o grupo "olha com interesse" para os principais destinos turísticos espanhóis, como, por exemplo, Madrid, Barcelona, Sevilha ou Bilbao.

Atualmente, o grupo Vila Galé conta com 32 hotéis em Portugal, 11 no Brasil, tendo Espanha e Cuba cada um uma unidade, que dizem respeito a um total de mais de 10 mil quartos e mais de 20 mil camas.